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Em voto na 2ª Turma do STF, Gilmar Mendes diz que ex-juiz Moro foi parcial ao condenar Lula

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Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
Turma do Supremo

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, votou pela declaração de parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá, investigação no âmbito da Operação Lava Jato no Paraná.

O ministro determinou a anulação de todos os atos praticados por Moro contra Lula no caso do triplex, inclusive na fase de investigação. De acordo com o voto do ministro, uma nova investigação pode ser iniciada.

Segundo Mendes, houve um “conluio” entre Moro e os procuradores que atuaram na força-tarefa da Operação Lava Jato, o que, segundo ele, maculou o processo.

O ministro disse que o crime não se combate cometendo crime e cobrou correção de rumos da operação ao longo dos anos.

“O resumo da ópera é: você não combate o crime cometendo o crime. Você não pode se achar o ‘ó do borogodó’. Calcem as sandálias da humildade. Eram as palavras daquele que vos fala em dezembro de 2016 na presença dos procuradores da Lava Jato, inclusive do juiz Sérgio Moro”, afirmou Mendes.

O ministro apontou “a absoluta contaminação da sentença proferida pelo magistrado resta cristalina quando examinado o histórico de cooperação espúria entre o juiz e o órgão da acusação”.

Segundo ele, em fevereiro de 2016, quando Lula ainda estava sendo investigado, o ex-juiz Sergio Moro chegou a indagar ao procurador Deltan Dallagnol se já havia uma denúncia “sólida ou suficiente”.

O procurador respondeu “apresentando um verdadeiro resumo das razões acusatórias do MP, de modo a antecipar a apreciação do magistrado”.

FONTE: G 1AM/ Por Márcio Falcão e Fernanda Vivas, TV Globo — Brasília


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