Ministro da Saúde afirmou, nesta quinta-feira (24), que a compra da vacina indiana está em avaliação pelo setor jurídico da pasta
Em entrevista nesta quinta-feira (24), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a compra da vacina indiana Covaxin, desenvolvida pela farmacêutica indiana Bharat Biotech, está em avaliação pelo setor jurídico da pasta. “Não foi pago um centavo e nem vai ser. Essa questão está no jurídico”, disse Queiroga.
A negociação do Ministério da Saúde para a aquisição da Covaxin está na mira de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), além da Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério Público Federal e da própria CPI da Pandemia.
O ministro afirmou que atua na antecipação das doses das vacinas que possuem o registro definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “A preocupação do Ministério da Saúde com esse assunto Covaxin é zero. Zero. Estamos trabalhando para antecipar as doses das vacinas que têm registro definitivo da Anvisa e as que tem registro emergencial e a Covaxin está na rubrica da Sputnik, a mesma coisa, igualzinho. Então não é motivo de preocupação para o ministro da Saúde”, disse.
Para Queiroga, a investigação sobre a compra da vacina indiana não influencia na compra de outros imunizantes. “Não está prejudicando nada. A gente já comprou 630 milhões de doses de vacinas e a campanha de vacinação do Brasil está indo muito bem e a população brasileira confia e acredita que até setembro nós teremos a nossa população acima dos 18 anos vacinada com a primeira dose, e até o final do ano, toda a população acima dos 18 anos será vacinada”, afirmou.
Queiroga comentou a denúncia do servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Fernandes Miranda, que afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal ter sofrido pressão de superiores para assegurar a importação da vacina Covaxin. “A minha função é conduzir o Ministério da Saúde e adquirir doses de vacinas, que já temos mais de 600 milhões, para vacinar a população brasileira. E me preparar para o ano de 2022. Essas questões do Palácio do Planalto foram colocadas pelo ministro Onyx Lorenzoni, vocês podem conversar com ele”, disse.
FONTE: Lucas Rocha e Carla Bridi, da CNN