O serviço meteorológico do Reino Unido, o Met Office, emitiu, nesta terça-feira (9), um alerta de “calor extremo” para partes da Inglaterra e do País de Gales, sem trégua à vista para as condições quentes e secas que provocaram incêndios, quebraram recordes de temperatura e sobrecarregaram a infraestrutura do país.
O alerta laranja (ou “âmbar”) – o último antes do vermelho – estará em vigor de quinta-feira (11) até o final de domingo (14) e significa que pessoas vulneráveis ao calor extremo podem enfrentar efeitos adversos à saúde, disse o serviço britânico.
As temperaturas devem atingir o pico de 35ºC na sexta-feira (12) e podem atingir 36ºC em alguns lugares no sábado (13).
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O alerta vem após o mês de julho mais seco para a Inglaterra desde 1935, quando as temperaturas subiram acima de 40°C pela primeira vez, dando um novo foco aos impactos das mudanças climáticas.
Outras nações europeias também enfrentaram uma onda de calor escaldante nas últimas semanas, com temperaturas muitas vezes superiores a 40°C.
A Grã-Bretanha, que está menos acostumada a temperaturas tão altas, tem lutado para lidar com isso.
A onda de calor de julho causou quedas de energia, danificou pistas de aeroportos, entortou trilhos de trem e provocou dezenas de incêndios em Londres, onde a brigada de incêndio enfrentou sua semana mais movimentada desde a Segunda Guerra Mundial.
A maior empresa de água do Reino Unido, a Thames Water, que atende 15 milhões de clientes em Londres e no sudeste da Inglaterra, disse nesta terça-feira (9) que planeja anunciar restrições temporárias de uso nas próximas semanas devido às altas temperaturas desta semana e previsões de longo prazo de tempo seco.
Várias outras empresas de água já impuseram restrições e os supermercados limitaram as vendas de churrasqueiras descartáveis que os bombeiros alertam que podem acender a grama seca.
Os serviços de ambulância receberam centenas de ligações de pacientes com dificuldades respiratórias, tonturas e desmaios.
O alerta laranja cobre grande parte da metade sul da Inglaterra e partes do leste do País de Gales.
Os cientistas disseram que a onda de calor de julho foi pelo menos 10 vezes mais provável por causa das mudanças climáticas.
FONTE: Por REUTERS