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Após velório, Corpo de Cid Moreira é levado para Taubaté

'Uma pessoa que trabalhou a vida inteira com muito prazer', disse a apresentadora Fátima Bernardes. Enterro será em Taubaté, em SP, neste sábado (5). Jornalista morreu nesta quinta-feira (3) aos 97 anos.

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Fátima Sampaio se despede do marido Cid Moreira com um beijo — Foto: Catharinna Marques / g1

O velório do corpo do jornalista Cid Moreira, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foi encerrado antes do previsto, a pedido da família, a fim de agilizar o traslado até Taubaté, no interior de SP, para o enterro. O jornalista morreu na manhã desta quinta (3), aos 97 anos.

O sepultamento foi marcado para as 8h30 deste sábado (5).

O caixão chegou à sede do governo do RJ pouco antes das 8h desta sexta-feira (4). Seis homens da 1ª Companhia Independente de Polícia Militar, que cuida da segurança do palácio, escoltaram o corpo. A cerimônia começou restrita a parentes e amigos. Às 10h15, foi aberta ao público.

Fátima Sampaio, mulher de Cid, se emocionou quando chegou perto do caixão para beijar o marido. Antes da abertura para o público, estiveram no velório a apresentadora Fátima Bernardes e o empresário de Cid, Jonas Suassuna, que trabalhou com ele na gravação dos CDs da Bíblia.

“Ele era uma pessoa de tanta fé. Parte em um momento que será muito bem recebido. Acho que foi uma pessoa que trabalhou a vida inteira com muito prazer, uma vontade de fazer melhor a cada momento. Com projetos até o último momento da vida”, destacou a apresentadora Fátima Bernardes.

Fátima disse que teve pouco contato com o Cid no dia a dia, mas que era uma admiradora como todo mundo. “A primeira vez que entrei ao vivo no Jornal Nacional, fui chamada por ele. Então eu pensei, acho que essa coisa está dando certo”.

Velório do jornalista Cid Moreira no Palácio Guanabara — Foto: Catharinna Marques / g1
Velório do jornalista Cid Moreira no Palácio Guanabara — Foto: Catharinna Marques / g1

O corpo de Cid já tinha sido velado em uma cerimônia na noite desta quinta-feira (3) no Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, em Itaipava, um distrito de Petrópolis.

“Ele falou pra mim que ele quer ser enterrado em Taubaté. Ficar perto da primeira esposa, da filha que foi, do neto que foi, já conversei com os queridos deles que estão lá, já vão providenciar”, conta a viúva Fátima Sampaio.

O prefeito de Petrópolis, onde ele vivia, declarou luto oficial de 3 dias.

“Cid Moreira tinha um carinho por Petrópolis, em especial por Itaipava, lugar que ele escolheu para morar nos últimos anos”, afirma a nota.

Corpo de Cid Moreira chega ao Palácio Guanabara para o velório — Foto: Catharinna Marques/g1
Corpo de Cid Moreira chega ao Palácio Guanabara para o velório — Foto: Catharinna Marques/g1
Velório do jornalista Cid Moreira no Palácio Guanabara — Foto: Reprodução
Velório do jornalista Cid Moreira no Palácio Guanabara — Foto: Reprodução
Homenagem de apresentadores

Os apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos, lembraram das características e qualidades do colega Cid Moreira, de 97 anos.

Bonner, que sucedeu a Moreira em 1996, na reformulação do JN, lembrou da voz marcante do veterano que imortalizou com os bordões ‘Mister M’ e ‘Jabulani’. Por sua vez, Vasconcellos destacou a capacidade de conciliar quem tinha ideias opostas.

“Quem não lembra do Cid falando: ‘Jabulaaaani!'”, lembrou o atual editor-chefe do JN, durante entrevista ao RJ1.

“O Cid, depois que saiu do Jornal Nacional, conseguiu ser marcante de outras formas, até com certo humor. Como participação no Fantástico. A voz do quadro do Mister M, quem não lembra? (Ele foi) A voz que imortalizou o nome de uma bola de futebol, durante a Copa do Mundo, em 2010, na África, do Sul”, lembra Bonner.

Cid apresentou Jornal Nacional por 26 anos — e, daquela bancada, imortalizou o “Boa noite” no imaginário do público.

Renata Vasconcellos salientou que o veterano no JN passava uma formalidade e ao mesmo tempo um sorriso de garoto.

“Eu gostaria de destacar uma qualidade do Cid que é muito rara e maravilhosa: a capacidade de conciliar características opostas. Ele tinha toda a formalidade, o peso que o cargo de apresentador do Jornal Nacional exige, a sobriedade, a seriedade”, destaca Renata.

“Mas, ao mesmo tempo com um olhar carinhoso, um sorriso quase maroto, de garoto, uma alma leve. E ele conseguia passar isso, ao mesmo tempo. Isso fazia com que os brasileiros se identificassem e se sentissem seguros na imagem de uma pessoa íntegra e ao mesmo tempo humana”, emenda ela.

FONTE: Por G1

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