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Preço do café dispara com produção global ameaçada por condições climáticas

Seca mais severa já registrada no Brasil, o maior produtor, está levantando preocupações sobre a safra de 2025

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Estudo analisou dois bancos de dados para avaliar relação entre genética, consumo de café e saúde Stefania Pelfini, La Waziya Photography/GettyImages

Os preços do café atingiram máximas de vários anos nesta sexta-feira (13) na Bolsa Intercontinental, reagindo a uma perspectiva preocupante para a produção global devido a condições climáticas desfavoráveis, segundo especialistas e participantes do mercado.

O café robusta, o tipo amplamente usado para fazer café instantâneo e bebidas de café prontas, subiu para o preço mais alto desde que o contrato começou a ser negociado em 2008, a US$ 5.281 por tonelada métrica. Ele subiu 3,7% na sexta-feira e 10% nesta semana.

O café arábica, a variedade mais suave preferida pelas cafeterias sofisticadas, como a Starbucks, atingiu o preço mais alto desde 2011, a US$ 2,6045 por libra-peso, com alta de 4% na sessão e de 9,9% na semana.

A seca mais severa já registrada no Brasil, o maior produtor, está levantando preocupações sobre a safra de 2025 do país, que é fundamental para o abastecimento global.

“As safras estão realmente estressadas, em condições muito ruins, é triste de ver”, disse o agrônomo de café Jonas Ferraresso, que presta consultoria a fazendas de café em São Paulo e no Estado de Minas Gerais.

Ele disse que, mesmo que as chuvas retornem em outubro, levando à fase de floração, as árvores dificilmente terão energia para converter essas flores em frutos.

A instituição de pesquisa de café Fundação Procafé disse em uma nota que é improvável que o Brasil consiga produzir uma grande safra no próximo ano, considerando o estado das árvores.

A situação também é preocupante no Vietnã, o segundo maior produtor do mundo e o maior em robusta.

O tufão Yagi deixou centenas de mortos no país e trouxe fortes chuvas para as áreas de café poucas semanas antes do início da colheita. As chuvas podem fazer com que os grãos de café caiam, prejudicando a qualidade, além de atrapalhar as operações de secagem.

O Vietnã poderá ter um clima mais úmido do que o normal nos próximos meses, já que se espera que o padrão climático La Niña se desenvolva.

“O La Niña geralmente traz condições mais secas do que o normal para as regiões cafeeiras do Sudeste do Brasil e condições mais úmidas para as terras altas do Vietnã”, disse um corretor de café com sede nos EUA, acrescentando que a combinação era indesejável para ambas as regiões nos próximos meses.

Em outras commodities leves, o cacau em Nova York subiu 1,4%, para US$ 7.695 a tonelada. O cacau de Londres ganhou 0,9%, para 5.362 libras por tonelada.

O açúcar bruto de outubro caiu 0,3%, para 19,01 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o açúcar branco de outubro subiu 1,6%, para US$ 548,60 por tonelada.

FONTE: Por CNN

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