Mais de 450 dragas foram destruídas na maior operação contra o garimpo no Amazonas. A destruição das embarcações faz parte da Operação Prensa, conduzida pela Polícia Federal (PF), com o apoio do Ibama e da Funai, que se concentrou no Rio Madeira e em seus afluentes, o Rio Aripuanã e o Rio Manicoré.
Nos primeiros dias da ação, garimpeiros que usavam as dragas em atividades ilegais na região de Humaitá chegaram a atacar agentes da PF, com bombas e rojões como forma de retaliação. Ao todo, seis pessoas foram presas.
Ao longo de 12 dias de operação, que teve início no dia 20 de agosto, foram destruídas 459 dragas, sendo que 100 delas estavam em áreas indígenas. As embarcações, segundo a PF, estavam espalhadas pelo Rio Madeira.
“Nossas equipes chegavam em alguns lugares e os indígenas fugiam. Falaram que não poderiam falar que estavam sendo ameaçados”, contou o delegado da Polícia Federal, Adriano Sombra.
Ainda conforme o delegado, os indígenas eram pagos com valores irrisórios para aceitarem que as dragas fossem colocadas nas localidades. Os garimpeiros também os cooptavam para que eles trabalhassem nos garimpos por valores mínimos.
Garimpo x tráfico de drogas
A investigação entra agora em uma nova fase. O objetivo é identificar os financiadores do garimpo ilegal na região, informou a polícia.
Além disso, os agentes vão investigar a atuação do tráfico de drogas no sul do Amazonas.
“O narcotráfico tem percebido que existem outros crimes que podem ser utilizados para fazer lavagem de dinheiro. Então, a gente vem notando a existência de facções criminosas acoplado a outros crimes, principalmente ambientais, sendo o garimpo um deles”, completou Sombra.
FONTE: Por G1 AM