A Coreia do Norte disparou dois mísseis de curto alcance em sua costa leste nesta quinta-feira (15), informaram os militares sul-coreanos, menos de uma hora após Pyongyang alertar sobre uma resposta “inevitável” aos exercícios militares realizados no início do dia por tropas sul-coreanas e norte-americanas.
A última ação da Coreia do Norte ocorreu quando o conselheiro de segurança nacional do presidente dos EUA, Jake Sullivan, estava em Tóquio para reuniões com seus colegas japoneses e sul-coreanos.
Em um encontro com o conselheiro de segurança nacional da Coreia do Sul, Cho Tae-yong, e o conselheiro de segurança nacional do Japão, Takeo Akiba, nesta quinta, os três discutiram o programa de mísseis da Coreia do Norte e confirmaram que trabalhariam juntos para fazer com que Pyongyang abandonasse suas armas nucleares, segundo a uma leitura da reunião divulgada pelo Japão.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, observou milhares de soldados sul-coreanos e norte-americanos participarem de exercícios conjuntos de tiro real nesta quinta, na mais recente demonstração de força que os aliados dizem ser necessária para deter a Coreia do Norte.
Um porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da Coreia do Norte disse que os exercícios estão aumentando a tensão militar na região e que suas forças responderão severamente a “qualquer tipo de protesto ou provocação de inimigos”.
Pyongyang tentou, sem sucesso, lançar um satélite espião no final do mês passado, em seu primeiro lançamento de satélite desde 2016, com o propulsor do foguete e a carga útil mergulhando no mar.
Os programas de mísseis balísticos e armas nucleares da Coreia do Norte foram banidos por resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas que sancionaram o país.
Os esforços diplomáticos para reduzir as tensões ou persuadir Pyongyang a abandonar seu arsenal nuclear foram interrompidos.
A Coreia do Sul processou a Coreia do Norte na quarta-feira (14) em US$ 35 milhões (cerca de R$ 169 milhões) em compensação por um escritório de ligação que a Coreia do Norte explodiu em 2020, em um caso que destaca o rompimento dos laços entre os vizinhos enquanto o Norte continua com seus programas de armas.
FONTE: Por REUTERS