A polícia do Quênia descobriu o corpo de um importante ativista dos direitos LGBTQIA+ em uma caixa de metal no oeste do país, informou a mídia local nesta sexta-feira (6).
Mototaxistas alertaram a polícia após verem a caixa ser jogada na beira da estrada por um veículo com a placa oculta, informaram os jornais The Standard e The Daily Nation, citando fontes policiais.
Os restos mortais do ativista Edwin Chiloba foram encontrados na terça-feira (3) perto da cidade de Eldoret, no condado de Uasin Gishu, onde ele dirigia seu negócio de moda, disse a Comissão de Direitos Humanos do Quênia (KHRC).
“Ele foi brutalmente morto e jogado na área por assaltantes desconhecidos”, afirmou o KHRC no Twitter.
“É realmente preocupante que continuemos a testemunhar a escalada da violência contra os quenianos LGBTQIA+”.
Pesquisadores sugerem que a aceitação da homossexualidade está aumentando gradualmente no Quênia, mas continua sendo um tabu para muitos. O conselho de cinema do país proibiu dois filmes por retratar a vida gay nos últimos anos.
A porta-voz do Serviço Nacional de Polícia do Quênia, Resila Onyango, disse que comentaria posteriormente. O comandante do condado de Uasin Gishu, Ayub Gitonga Ali, se recusou a comentar.
“Palavras não podem nem explicar como nós, como comunidade, estamos nos sentindo agora. Edwin Chiloba foi um lutador, lutando incansavelmente para mudar os corações e mentes da sociedade quando se trata de vidas LGBTQIA+”, ressaltou a GALCK, um grupo de direitos gays do Quênia, no Twitter.
Sob uma lei da era colonial britânica, sexo gay no Quênia é punível com 14 anos de prisão. Raramente é aplicado, mas a discriminação é comum.
FONTE: Por REUTERS