Previsão é que cheia deste ano ultrapasse recorde histórico de 2012. No interior do estado, situação também é crítica.
O nível do Rio Negro chegou aos 29,47 metros em Manaus, nesta segunda-feira (10). Já é a sétima maior cheia da história, desde o início dos registros, em 1902. A cidade decretou situação de emergência.
Na Feira Manaus Moderna, no Centro da capital, 150 feirantes vão trabalhar em balsas. A previsão é que ela comece a operar em até 10 dias, com vendedores de peixes e carnes, de acordo com o secretário Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), Renato Junior.
Ruas no entorno do local começaram a receber pontes de madeira. Alguns trechos foram interditados.
Pelo menos cinco bairros da capital estão alagados. Os moradores dessas regiões só conseguem se locomover em canoas e também dependem de pontes de madeira improvisadas para enfrentar a cheia.
Maiores cheias do Rio Negro:
- 2012 – 29,97m
- 2009 – 29,77m
- 1953 – 29,69 m
- 2015 – 29,66m
- 1976 – 29,61m
- 2014 – 29,50m
- 2021 – 29,47m
- 1989 – 29,42m
- 2019 – 29,42m
- 1922 – 29,35m
- 2013 – 29,33m
Cheia no interior
Coari
Em Coari, 8.266 famílias foram cadastradas no programa de enfrentamento à cheia, sendo 1.603 na zona urbana e outras 6.663 na zona rural.
O Serviço Geológico do Brasil informou que o nível do rio Solimões chega a 16,99 metros na cidade. Na semana passada, o município entrou em estado de atenção, faltando apenas 49 cm para a cidade entrar em situação de emergência.
A Defesa Civil em Coari tem feito diversas visitas nos locais de risco da cidade.
Manacapuru
Em Manacapuru, a cheia dos rios Solimões e do rio Miriti já inundou ruas e casas de 12 bairros e parte do centro da cidade.
Nas áreas afetadas, o trânsito de veículos está interrompido, e o acessos às casas é feito somente por pontes de madeira construídas pela prefeitura do município .
No fim de semana, o nível superou a cota de 20,26 metros.
Autazes
Entre os municípios que decretaram situação de emergência está Autazes, um dos maiores produtores de leite do estado.
O município fica na calha do Baixo Amazonas, é banhado pelo Rio Madeira e tem mais de 40 mil habitantes. Muitas famílias já estão com suas casas alagadas e, na zona rural, a situação não é diferente
Produtores de leite enfrentam problemas com o rebanho, que precisa ser levado para terra firme. Além disso, com a subida das águas, o alimento para os animais já começa a ficar escasso.
FONTE: G1 AM