Produção de mais de 17 mil famílias está sendo afetada, conforme levantamento.
A cheia dos rios no Amazonas já causou perdas agrícolas estimadas em cerca de R$ 201 milhões. Ao todo, o valor é referente à produção de mais de 17 mil famílias, em 26 municípios. Entre as principais culturas afetadas estão banana, hortaliças, mamão e mandioca.
Os dados fazem parte de um levantamento feito, na quinta-feira (27), pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), que monitora a situação da produção agrícola das regiões afetadas no estado.
As localidades que já tiveram as produções agrícolas afetadas ficam nas regiões dos rios Alto, Médio, Solimões, Purus, Juruá e Madeira.
- O levantamento é referente aos municípios de Atalaia do Norte e Benjamin Constant (Alto Solimões); Fonte Boa e Tefé (Médio Solimões); Anori , Careiro da Várzea e Manacapuru (Solimões); Boca do Acre, Pauini, Lábrea e Canutama (Purus); Guajará, Ipixuna, Envira, Eirunepé, Itamarati, Juruá e Carauari (Juruá); Humaitá, Manicoré, Nova Olinda do Norte, Borba e Novo Aripuanã (Rio Madeira), Itacoatiara (Médio Amazonas)e Nhamundá e Urucará (Baixo Amazonas).
Nos municípios atingidos pela cheia, conforme o levantamento feito pelo Idam, 17.575 famílias tiveram produções atingidas nessas localidades. Entre as principais culturas estão banana, hortaliças, mamão e mandioca. O valor exato do prejuízo, até quinta-feira, é de R$ 201.643.366, 94.
Cheia no Amazonas
Em todo o Amazonas, dos 62 municípios do estado, 58 já foram afetados. Anamã está 100% inundada e por lá até um hospital precisou ser transferido para uma balsa, para receber os pacientes. Em Parintins, o nível do Rio Amazonas bateu o recorde da cheia histórica de 2009, que era 9,38 metros, e segue em disparada. No interior, 25 municípios estão em situação de emergência.
Segundo a Defesa Civil do Amazonas, mais de 400 mil pessoas já foram afetadas pelas cheias em todo o estado.
Na capital, por exemplo, o nível do Rio Negro atingiu no domingo (30), a cota de 29,97 metros e se igualou a cheia histórica de 2012. Em Manaus, a defesa civil estima que 4 mil pessoas sejam impactadas diretamente.
FONTE: G1 AM