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Cientistas revelam descoberta de nova espécie de dinossauro brasileiro

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Reconstrução artística de dois dinossauros Ypupiara lopai Foto: Arte/Guilherme Gehr (artigo na revista Papers in Palaeontology)

O dinossauro, nomeado de Ypupiara lopai, é uma nova espécie de dromaeosaurídeo encontrada pela primeira vez no Brasil

Pesquisadores revelaram na quinta-feira (5) a descoberta de uma nova espécie de dinossauro brasileiro. O espécime, nomeado de Ypupiara lopai, é uma nova espécie de dromaeosaurídeo encontrada pela primeira vez no país. Os achados foram publicados no periódico científico Papers in Palaeontology.

O fóssil estudado foi recuperado em Peirópolis, distrito rural do município de Uberaba, em Minas Gerais. Devido aos dados prévios de catalogação, os pesquisadores tinham conhecimento que o espécime foi coletado no que ficou conhecido como “Ponto 1 do Price” ou “Pedreira de Caiera”. O local, que fica próximo à região do morro da Serra do Veadinho, é bastante conhecido pelos achados de vários fósseis de vertebrados em bom estado de conservação.

Os pesquisadores do campo da taxonomia, a ciência que envolve a descrição e classificação dos organismos, buscam encontrar detalhes na fisiologia de cada espécime que permitam a caracterização de uma nova espécie.

Neste caso, a identificação da nova espécie foi realizada a partir de peças de partes da mandíbula do antigo dinossauro, como o maxilar direito (com três dentes), e um pedaço da mandíbula inferior. Segundo o estudo, Ypupiara é caracterizada por um número restrito de estruturas neurovasculares presentes na superfície lateral do maxilar, uma placa interdental retangular e expandida atrás e à frente, e uma compressão dos dentes, que têm um diâmetro superior a 3/5 do diâmetro da cabeça à cauda.

Detalhes do maxilar e dos dentes do novo dinossauro brasileiro
Detalhes do maxilar e dos dentes do novo dinossauro brasileiro

O estudo contou com a participação de pesquisadores do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); da Universidade Federal do ABC; do Museu da Amazônia (MUSA) e do Museu de Ciências da Terra.

Segundo o artigo, o material estudado estava alojado originalmente no Museu de Ciências da Terra (MCT), parte do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), e foi cedido ao Museu Nacional para estudo. No entanto, após o incêndio que destruiu o prédio principal do museu, em setembro de 2018, o espécime não foi recuperado.

FONTE: CNN BRASIL

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