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‘É o dedo do seu filho’: mãe descobriu que criança perdeu pontas dos dedos em agressão ao receber luva de socorrista

Em entrevista ao Fantástico, Nívia Estevam contou que já havia pedido providências à escola por causa do bullying que o filho vinha sofrendo. Com medo de novas agressões, ela decidiu deixar a cidade onde vivia.

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FOTO: G1|FANTÁSTICO

Nívia Estevam, mãe menino de 9 anos que teve dois dedos decepados por colegas numa escola em Cinfães, no interior de Portugal, contou ao Fantástico que só ficou sabendo da gravidade do caso quando o socorrista entregou a ela uma luva com os dedos decepados do filho.

Por volta das 10h30 do dia 10 de novembro, Nívia recebeu uma ligação da professora informando que o menino havia sofrido um “acidente”. A educadora disse que o caso não era grave. Cinco minutos depois, Nívia chegou à escola e viu o filho com as mãos sangrando. Ao vê-la, a professora, visivelmente nervosa, repetia que tudo não passava de “uma brincadeira”.

Mãe e filho esperaram cerca de 40 minutos pela chegada de uma ambulância. O veículo então os levou até um hospital a mais de 100 quilômetros de distância. Durante o trajeto, pouco antes de chegarem ao destino, um funcionário da ambulância entregou a Nívia uma luva com as pontas dos dedos — o indicador e o médio — do menino.

“Ele me deu a luva aonde estava o pedaço de dedo do meu filho e disse ‘olha mãe, tem que levar isso aqui porque talvez eles consigam colocar no lugar’. Foi quando eu fui saber que eles estava sem as pontas dos dedos. Eu só soube cinco minutos antes de chegar no hospital”, conta.

Os médicos confirmaram que o quadro era irreversível e que não havia possibilidade de reimplante.

Bullying

Nívia também afirmou que já havia alertado a escola sobre o bullying que o filho vinha sofrendo e que já havia pedido providências.

A criança entrou na escola em setembro, mês em que se inicia o ano letivo na Europa. Ele — na época com 9 anos — tinha se queixado de que havia um menino dizendo que ele que era para ele “aprender a falar português direito”. O brasileiro também tinha relatado que sofria puxões de cabelo e chutes.

Nívia contou que, quando o filho relatava as agressões à professora, ela dizia: “não seja mentiroso, você tem que ser um menino bom”. A mãe só conseguiu uma prova física no dia 5 de novembro, quando o menino chegou em casa com o pescoço roxo.

Repercussão

Com medo de novas agressões, Nívia decidiu deixar a cidade de Cinfães “às pressas”. Ela vive temporariamente com os sogros e procura uma nova escola que tenha preparo para dar apoio pedagógico ao filho.

Fernando Alexandre, ministro da Educação de Portugal, disse que respeita a autonomia da escola para investigar o caso, mas que nem tudo pode ser visto como brincadeira.

O embaixador brasileiro em Portugal, Raimundo Carreiro, alertou as autoridades portuguesas de que as primeiras medidas tomadas pela escola e pela polícia local não foram satisfatórias, em função da gravidade do ocorrido.

FONTE: Por G1

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