Início Manaus MP pede suspensão do concurso da Câmara Municipal de Manaus por falta...

MP pede suspensão do concurso da Câmara Municipal de Manaus por falta de cotas raciais

Órgão também aponta falta de isenção parcial da taxa de inscrição do certame.

0
MP pede suspensão do concurso da Câmara Municipal de Manaus por falta de cotas raciais. — Foto: Mauro Pereira/CMM

O Ministério Público do Amazonas solicitou, nesta terça-feira (12), a suspensão do concurso da Câmara Municipal de Manaus (CMM) devido à falta de vagas reservadas para cotas raciais e à ausência de isenção parcial da taxa de inscrição para candidatos. A ação civil pública foi assinada pelo promotor Antônio Mancilha.

Em nota, a CMM informou que ainda não foi intimada sobre a Ação Civil Pública do MPAM. A Câmara Municipal de Manaus destacou que o edital do concurso foi analisado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), que não identificou ilegalidades, e que todas as solicitações do MPAM foram atendidas, e que o concurso segue com o cronograma ativo, pois não há decisão judicial contra ele.

As provas vão acontecer neste domingo (17), em Manaus, e prometem reunir mais de 20 mil candidatos, que disputam as vagas dispostas no certame. De acordo com o promotor, a ação foi motivada pela denúncia de um candidato.

“Após estudos, chegamos à conclusão de que não havia previsão legal de cotas raciais no município de Manaus, mas buscamos fundamentar a ação com base em um tratado internacional do qual o Brasil é signatário, que garante a reserva de vagas para cotas raciais. Esse foi o fundamento principal para atender o direito dessas pessoas”, explicou.

Na ação, o MP considera evidente a “deliberada e flagrante ilegalidade” da comissão do concurso e da Câmara em não aplicar a Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância. De acordo com o órgão, o tratado está faz parte do sistema jurídico brasileiro e, por isso, deve ser respeitado pelo Legislativo municipal.

À Justiça, o MP pediu:

  • viabilização efetiva do direito à isenção de taxa de inscrição em todos os cargos cujas provas tenham horários distintos de realização;
  • aplicação das cotas raciais para pessoas negras, indígenas e quilombolas.

“Nós estamos aguardando agora a decisão judicial. Estamos com diligência na Câmara Municipal, para prestar esclarecimentos e esperamos que até amanhã, dentro do prazo legal, saia uma decisão favorável ao interesse social pela alteração do edital”, concluiu o promotor.

FONTE: Por G1 AM

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui