O influencer digital Jesse Rothacker, do canal Forgotten Friend Reptile TV, divulgou no YouTube um vídeo em que aparece sendo mordido por uma cobra. Nas imagens, Jesse se depara com o réptil durante uma trilha e aproveita o momento inusitado para explicar as características da espécie.
“Algumas pessoas veem o padrão acobreado e acreditam automaticamente ser uma outra espécie de cobra, uma cabeça-de-cobre”, disse Jesse, residente no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Enquanto o rapaz lida com a serpente e mostra as reações durante o vídeo, a cobra o pica mais de 50 vezes. “O que eu notei sobre as leiteiras-orientais, mais do que em outras cobras, é que elas lhe darão uma pequena mordida defensiva e simplesmente se soltarão. Elas parecem estar testando a pessoa”, explicou.
De acordo com o herpetologista Henrique Abrahão, do canal “Biólogo Henrique, o Biólogo das Cobras”, a serpente, de fato, se trata da espécie milk snake, cujo nome científico é Lampropeltis triangulum. Além disso, não é peçonhenta, ou seja, não possui toxinas.
O réptil, que pode ter de 60 centímetros a quase 1 metro de comprimento, possui como característica o “gostar” de morder, mas não apresenta riscos, por não ter veneno.
“As mais de 50 mordidas que ele tomou, não adiantam de nada. O que pode acontecer é um dente ficar na pele da pessoa e talvez trazer uma infecção, mas isso é extremamente raro.”
“É óbvio que não é bom tomar mordida de animal que não escova os dentes, visto que é possível pegar uma infecção bacteriológica. Não tem nenhum problema, justamente por não ser peçonhenta”, assegurou.
No Brasil, em caso de acidentes envolvendo picadas de cobras, segundo o biólogo, é fundamental realizar os primeiros socorros e manter a calma. Além disso, não é necessário manusear a serpente. Caso esteja com o celular, a pessoa pode gravar imagens do animal, em uma distância considerada segura, e apresentá-las ao pronto socorro.
Importante destacar, inclusive, que o individuo que levou a picada deve permanecer em repouso, hidratar-se e manter o local do ferimento elevado. Sobre o que não fazer diante de uma picada, Henrique enfatiza:
- Não fazer torniquetes;
- Não passar nada no local da picada;
- Não passar sal no corte;
- Não tentar extrair o veneno.
FONTE: Por CNN