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Com pandemia, comunidades indígenas fazem vendas pela internet de máscaras e artesanato

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Máscaras produzidas pelas mulheres Satere Mawe — Foto: Reprodução

Produção de máscaras e vendas on-line foi uma alternativa que ajudou muitas famílias indígenas.

Com a pandemia e as restrições de circulação, as comunidades indígenas que vivem do comércio de artesanato para o turismo ficaram sem conseguir vender seus produtos. Com dificuldades financeiras, a venda on-line foi uma alternativa que ajudou muitas famílias.

O artesanato do povo Satere Mawe é conhecido pela utilização das sementes. São biojoias ricas em detalhes, cestos e bolsas que ajudam financeiramente as famílias da Associação das Mulheres Satere Mawe. Mas com a pandemia, as vendas foram interrompidas.

Com isso, um grupo de artistas do Reino Unido entrou em contato com a associação para ajudar, e mandou dinheiro para a compra de uma máquina de costura e tecido para a produção de máscaras.

Segundo a indígena Sâmela Sateré Maué, membro da associação, a pandemia tem sido um período difícil, mas tem ajudado as mulheres indígenas a se reinventarem diante da crise.

“Somos mulheres artesãs indígenas e vivemos basicamente do artesanato. Com o fechamento das lojas e o isolamento social, tivemos que parar de vender fisicamente. E foi assim que nos reinventamos. Usamos as redes sociais para divulgar e estamos nos adaptando a cada dia”, disse Sâmela.

O lado bom é que, antes, a associação só vendia para Manaus e para turistas que visitavam a capital. Agora, com a facilidade das rede sociais, as indígenas já estão vendendo para todos os estados. São produzidas cerca de 20 máscaras por dia.

Além das máscaras, os indígenas produzem roupas, bolsas, tudo feito na associação, desde a costura à pintura, que retrata a cultura indígena. Elas produzem roupas e máscaras com o grafismo indígena para a comercialização, e a renda ajuda as famílias nesse período de pandemia.

A indígena Vanda Ortega destacou que quem leva para casa uma máscara, não está levando apenas uma máscara, mas sim, um símbolo de resistência dos povos.

“São máscaras para a venda e a valorização da nossa cultura. Quando alguém levar, vai saber que não está levando só uma máscara, mas um símbolo de identidade cultural e de uma luta histórica”, contou.

FONTE: G1 AM

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