Técnicos da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) e do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) coletaram amostras de água e de peixes in natura em Itacoatiara, nesta sexta-feira (3). O material será enviado para análise em Manaus. O objetivo é identificar a origem do surto de rabdomiólise.
Ao todo, são 54 casos da síndrome notificados no Amazonas. Houve registro de pacientes com a doença em pelo menos nove municípios:
- 36 casos em Itacoatiara, incluindo uma morte
- quatro em Silves
- quatro em Borba
- três em Manaus
- três em Parintins
- um em Caapiranga
- um em Autazes
- um em Maués
- um em Manacapuru
Especialistas de diferentes áreas formam uma força-tarefa para tentar descobrir a causa do surto e combater a doença no estado.
Restrição no consumo de peixe
Na quarta-feira (1º), a Secretaria de Saúde publicou um comunicado de risco com orientações para que a população restrinja o consumo de pescado das espécies pirapitinga, pacu e tambaqui no município de Itacoatiara pelos próximos 15 dias. A medida é uma maneira para conter a proliferação da rabdomiólise na região.
A recomendação para os demais municípios é de alertar a rede de saúde para a identificação de possíveis novos casos e orientar a população sobre os sintomas da doença.
Ainda não está comprovada a origem do surto; no entanto, os peixes são uma forte suspeita.
Também é importante ter atenção à conservação do pescado qualquer que seja a espécie e procedência. O produto deve ser mantido no gelo para evitar a degradação e riscos à saúde que vão além da rabdomiólise.
O que fazer em caso de sintomas?
Em Manaus, pacientes com sintomas podem buscar uma unidade de saúde de urgência e emergência – SPA, UPA ou Pronto-Socorro. Se necessário, os pacientes serão encaminhados para os hospitais Delphina Aziz e o Hospital Universitário Getúlio Vargas, no caso de pacientes adultos. O Hospital e Pronto-Socorro da Criança (HPSC) da Zona Oeste está preparado para atender o público infantil.
Pacientes com sintomas de rabdomiólise do interior deverão fazer o primeiro atendimento no hospital ou outra unidade de saúde do município. Caso haja necessidade, a unidade hospitalar deverá fazer o encaminhamento para os hospitais de referência na capital, inserindo a chamada no Sistema de Transferência de Emergências Reguladas (Sister).
FONTE: G1 AMAZONAS