
Dados atualizados do Painel de Monitoramento Justiça Racial, uma iniciativa do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em parceria com o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), apontam um aumento significativo no número de processos criminais relacionados a racismo e crimes correlatos no Brasil até novembro de 2025.
Atualmente, o Judiciário brasileiro acumula 13.440 processos pendentes de julgamento. A vasta maioria desses casos, 97,4%, tramita na Justiça Estadual, refletindo o foco da incidência e registro desses crimes no âmbito local.
O destaque do relatório reside no expressivo volume de novos processos abertos no último ano. Apenas em 2025, foram registrados mais de 7 mil novos casos de racismo e injúria racial. Este número representa um salto considerável em comparação com o período anterior: nos 10 primeiros meses de 2024, foram contabilizados 4.205 novos processos.
Abrangência e objetivo do levantamento
O Painel de Monitoramento Justiça Racial tem sua gênese no Pacto Nacional do Poder Judiciário pela Equidade Racial. O objetivo central é aprimorar a gestão de dados raciais, fornecendo subsídios técnicos para a implementação de políticas públicas judiciárias fundamentadas em evidências, visando a promoção da equidade.
Além do panorama criminal, o painel também monitora a composição racial do judiciário brasileiro. Em todas as instâncias e segmentos, pessoas negras representam 26,82% do total de profissionais que atuam no sistema de Justiça.
Embora ainda em patamar minoritário, este índice aponta uma evolução positiva. Em 2024, a representatividade negra era de 24,76%. Em termos absolutos, o número de profissionais negros cresceu de 74.079 em 2024 para 81.183 em 2025. Desse total, 2.702 são magistradas e magistrados, enquanto 78.481 são servidoras e servidores.
FONTE: Por CNN




































