Mergulhadores capturam 62 peixes-leão em Fernando de Noronha e um deles é considerado o maior da espécie no mundo

Um peixe-leão com 49 centímetros de comprimento foi capturado em Fernando de Noronha numa ação que também resultou na captura de outros 61 animais dessa espécie invasora e venenosa, representa uma ameaça ao meio ambiente (veja vídeo acima). Segundo dados da operadora de mergulho que fez a ação de manejo, este é o maior animal dessa espécie já capturado no mundo.

A informação foi divulgada no domingo (9) por mergulhadores treinados pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) para ajudar no controle da espécie na ilha. O animal foi capturado no dia 27 de fevereiro, e os responsáveis pelo trabalho relataram que fizeram um levantamento para confirmar o recorde.

“Nós entramos em contato com algumas instituições, principalmente do Caribe, e não existe nenhum registro de peixes-leão com mais de 47 centímetros”, disse o biólogo Maicon Messias, que trabalha na operadora que realizou essa captura.

Especialistas do Parque Nacional do Bonaire, no Caribe, visitaram Fernando de Noronha em outubro de 2021 para ajudar no combate à proliferação do peixe-leão.

O nome científico do peixe-leão é Pterois volitans. Essa espécie tem espinhos venenosos que contêm uma toxina que pode causar febre, vermelhidão e até convulsões nos seres humanos. Esse animal é predador e pode consumir espécies endêmicas, que só ocorrem nessa região, além de causar um desequilíbrio ecológico.

A captura aconteceu durante o chamado mergulho técnico, numa profundidade de 29 metros. “Esse é um indicativo que o peixe-leão se estabeleceu em Noronha e não encontra dificuldade na ilha, não tem predador. O tamanho mostra que ele está tomando conta da área”, declarou Maicon Messias.

Captura de 61 peixes-leão

Um mergulho em outra área de Fernando de Noronha fizeram a captura de 61 peixes-leão, no domingo (9). Os animais foram encontrados numa profundidade de 39 metros, na área do Parque Nacional Marinho.

“Esses peixes estavam numa região fora dos pontos tradicionais de mergulho. Encontramos a agregação e fizemos a captura”, contou Maicon Messias.

Os peixes-leão capturados serão entregues ao ICMBio para pesquisa. O órgão envia os animais para estudo nas seguintes instituições:

• Projeto Conservação Recifal;
• Universidade Federal de Pernambuco (UFPE);
• Universidade Federal Fluminense (UFF);
• Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN);
• Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

FONTE: Por G1