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Técnico de vôlei é condenado a 78 anos de prisão por exploração sexual de adolescentes em Manaus

Ele foi preso em novembro de 2023, quando a Polícia Civil o flagrou dormindo com dois atletas de 15 anos.

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(Foto: Reprodução / GloboNews

A Justiça condenou o técnico de vôlei Walhederson Brandão Barbosa, de 40 anos, a 78 anos, seis meses e 12 dias de prisão por exploração sexual contra, pelo menos, 11 adolescentes. Ele foi preso em novembro de 2023, quando a Polícia Civil o flagrou dormindo com dois atletas de 15 anos.

Os crimes ocorreram entre 2020 e 2023, em diferentes locais, incluindo a casa do treinador, em Manaus. Segundo a investigação, ele usava sua posição para atrair e submeter os alunos à prostituição.

O Ministério Público denunciou o técnico, e a Justiça aceitou a acusação em março de 2024. Vítimas e testemunhas prestaram depoimento, e a instrução do caso foi concluída em agosto do ano passado.

A juíza Jacinta Silva dos Santos determinou que ele cumpra a pena em regime fechado e negou o direito de recorrer em liberdade. O Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam) destacou que, devido à gravidade dos crimes, a prisão foi mantida para o cumprimento imediato da sentença.

“Devido à gravidade dos crimes e à pena aplicada, a magistrada negou ao réu o direito de recorrer em liberdade e determinou o cumprimento imediato da sentença”, informou o Tjam.

Relembre o caso

A Operação Bloqueio, que resultou na prisão de Walheberson, foi deflagrada pela Polícia Civil no dia 14 de novembro de 2023 em Manaus. Agentes da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Depca) prenderam o técnico de vôlei casa dele, na Vila da Prata, na Zona Oeste da capital.

Quando os investigadores entraram na casa do suspeito, seis adolescentes estavam morando com ele. De acordo com a polícia, dois adolescentes de 15 anos estavam dormindo com o técnico na cama dele. Ainda segundo a polícia, o técnico filmava os estupros.

À época da prisão, a polícia informou que o técnico é suspeito de vítimas com idade entre 15 e 17 anos. Em nota, a Federação Amazonense de Voleibol repudiou o caso.

“Seus profissionais devem ter, além da competência que o cargo exige, compromisso com a conduta pessoal. Enquanto as autoridades tomam as devidas providências, a FAV opta por suspender o referido técnico de todas as atividades oficiais desta federação, bem como suspender por tempo indeterminado o registro Nacional de treinador no Sistema Nacional de Registro”, disse a nota.

A entidade também afirmou que não recebeu registros que indicassem a ocorrência dos casos registrados pela Polícia Civil.

“A Federação Amazonense de Voleibol em nenhum momento, em busca de qualquer atitude nociva de treinador, encontrou qualquer tipo de ocorrência que nos levasse ao conhecimento das atitudes repugnantes do envolvido”, disse a instituição.

Crimes aconteciam há quase 20 anos, diz polícia

“Durante as investigações, descobrimos que ele pratica os mesmos crimes há quase 20 anos. Então, dada a gravidade deste homem para com os alunos, precisávamos frear as suas atitudes”, disse a delegada titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Joyce Coelho.

A delegada enfatizou que, diante dessas informações, é necessário que outras vítimas compareçam à delegacia para denunciar, pois homens, com mais de 20 anos, comunicaram às autoridades policiais que teriam sido abusados pelo criminoso durante a infância e adolescência.

“O crime ainda não prescreveu, então as vítimas podem ir à unidade especializada e relatar todos os ocorridos. Agora chegou o momento de ele responder à criminalidade por todos os danos causados à integridade e segurança dos adolescentes”, salientou.

FONTE: Por G1 AM

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