Um tribunal federal de apelações na Argentina confirmou o veredito de culpa da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner na quarta-feira (13).
Kirchner, que serviu como presidente por dois mandatos entre 2007 e 2015 e depois como vice-presidente de 2019 a 2023, foi considerada culpada de fraudar o estado e recebeu uma sentença de seis anos de prisão em dezembro de 2022. De acordo com a denúncia do Ministério Público argentino, a ex-presidente e vários ex-funcionários de seu governo formaram contratos milionários para obras rodoviárias que estariam incompletas, superfaturadas e que seriam também desnecessárias.
O esquema de fraude teria acontecido enquanto ela era presidente do país.
A denúncia trata especificamente de 51 licitações rodoviárias na província de Santa Cruz, de onde era seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, e onde ambos desenvolveram boa parte de suas carreiras profissionais e políticas antes de saltarem para o cenário nacional.
O caso ainda pode ser apelado à Suprema Corte.
Kirchner, uma figura poderosa na Argentina, sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 2022, o que desencadeou grandes manifestações em seu apoio.
Ela foi indicada para liderar o Partido Justicialista, de oposição peronista, depois que o ex-presidente Alberto Fernández foi acusado de abuso contra a ex-primeira-dama no início deste ano e destituído de seu cargo no partido.
Ela assumirá o cargo em 17 de novembro.
A Argentina passará por eleições legislativas em 2025, mas um projeto de lei em debate no Congresso que proíbe pessoas condenadas por corrupção de ocupar cargos públicos pode complicar o futuro político de Kirchner se avançar.
FONTE: Por CNN