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Promessa e tradição: Ladainha do Garantido celebra 111 anos do boi com festejos e fogueiras pelas ruas de Parintins

A emoção tomou conta dos torcedores e famílias "perrechés", que celebraram os 111 anos do boi-bumbá vermelho e branco.

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Parintinense Pamela Farias recebeu boi Garantido com tradicional fogueira na frente de casa. — Foto: Daniel Landazuri/g1 AM

Uma tradição que se repete todos os anos para cumprir a promessa feita por Lindolfo Monteverde a São João Batista de levar o Boi Garantido para brincar nas ruas, evoluir ao redor das fogueiras e em frente das casas do reduto encarnado. E na noite de segunda-feira (24) e madrugada de terça (25), não foi diferente, a ladainha emocionou torcedores e famílias “perrechés”, que também celebraram os 111 anos do boi-bumbá vermelho e branco.

Durante a comemoração, o Boi Garantido saiu pelas ruas de Parintins seguido pelos torcedores encarnados. Durante o percurso, “perrechés” de todas as idades aguardavam pela passagem bumbá em frente de suas casas e se emocionaram com o momento.


Promessa e tradição: Ladainha do Garantido celebra 111 anos do boi com Perrechés e fogueiras de São João. — Foto: Patrick Marques/g1 AM

Amor e tradição de família. É assim que a parintinense Pamela Farias, vive o boi-bumbá. O amor que veio do falecido pai, que pediu para que acendessem a fogueira em frente da casa onde moram todos os anos no dia 24 de junho, para receberem a visita do Garantido.

“A minha história começa com a minha mãe e com meu pai, eles eram fanáticos pelo Garantido. E eu, como me criei no Garantido, lá na Baixa da Xanda, eu vim muito novo aqui pra Armando Prado. Eu acho que eu vim com uns 5, 8 anos de idade pra cá. E eu via a minha mãe fazendo fogueira, fazendo bandeirola. Infelizmente hoje eles não estão mais aqui, mas eu tento passar isso pra minha filha, pro meu filho”, contou.

Quando o boi Garantido passou pela frente da casa da família, a emoção veio à tona. Pamela se emocionou junto com todos e lembrou de toda a tradição que foi deixada pelo pai.

“Meu pai, antes de morrer, ele disse que queria todo ano a fogueira dele. Todo ano a fogueira dele, que ele disse que ele não ia mais estar aqui. A minha amiga, ela perdeu a irmã dela por conta da Covid. A irmã dela fazia fogueirinhas, bandeiras. Então, é da gente, é alma, é sangue. A gente ama o que a gente faz e a gente não pede nada em troca. A gente recebe todo mundo, a gente ama todo mundo. Garantido é isso. É amor”, afirmou Pamela.

Pamela Farias e familiares com o boi Garantido. — Foto: Patrick Marques/g1 AM

Quem também se emocionou foi o pequeno Romeu Filho, de 6 anos. Quando viu o boi do coração, ele não segurou o sorriso, beijou, abraçou e fez carinho no Garantido.

A tia de Romeu, Roberta Melo acompanhou o momento e registrou o encontro do pequeno com o Garantido e ficou feliz em ver a tradição da família passar de geração para geração.

Pequeno Romeu Filho, de seis anos, beijou, abraçou e fez carinho no Garantido. — Foto: Patrick Marques/g1 AM
Pequeno Romeu Filho, de seis anos, beijou, abraçou e fez carinho no Garantido. — Foto: Patrick Marques/g1 AM

“O Garantido sempre para na casa da minha avó. Minha bisavó, ela já é falecida, mas ela é uma das sócias fundadoras do boi. Então, pra gente sempre foi uma tradição esperar o Garantido na frente de casa e ele sempre vem. É sempre uma emoção muito grande, muito forte. A gente sempre espera com todo amor do mundo o nosso boi é Garantido. É muito emocionante, sabe? Não tem outra expressão, é paixão, é amor, é tudo de maravilhoso, o que o Garantido proporciona pra gente”, disse.

FONTE: Por G1 AM

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