O Irã executou nesta sexta-feira (29) quatro pessoas, incluindo uma mulher, acusadas de serem “sabotadores” com ligações com o serviço de inteligência Mossad de Israel. A informação é da agência de notícias Mizan, afiliada ao judiciário iraniano.
As execuções elevaram para cinco o número de pessoas condenadas à morte neste mês, em uma guerra sombria que já dura décadas e que tem o Irã acusando Israel de ataques ao seu esforço nuclear, acusações que Jerusalém confirmou ou negou.
“Quatro membros de uma equipe de sabotagem associada ao regime sionista foram executados esta manhã, seguindo os procedimentos legais”, disse a agência, acusando-os de ações “extensivas”, guiadas por oficiais do Mossad.
As execuções de sexta-feira na província do Azerbaijão Ocidental seguiram-se à execução pelo Irã, também em dezembro, de um quinto suposto agente do Mossad na província de Sistão-Baluchistão, no sudeste do país.
A agência de notícias semi-oficial Tasnim identificou os quatro executados na sexta-feira como Vafa Hanareh, Aram Omari e Rahman Parhazo, juntamente com a mulher, chamada Nasim Namazi.
Eles foram os principais condenados em um caso que envolveu 10 criminosos, acrescentou, mas não ficou imediatamente claro se os demais também seriam executados.
A agência de notícias oficial Irna publicou um videoclipe com quase oito minutos de duração, que mostrava os homens confessando sua suposta cooperação com um oficial do Mossad, na vizinha Turquia.
O Irã acusa Israel de realizar vários ataques a instalações ligadas ao seu programa nuclear e de matar seus cientistas nucleares nos últimos anos. Israel não nega nem confirma as alegações.
FONTE: Por REUTERS