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Risco de colapso faz PF acelerar inquérito sobre atuação da Braskem em Maceió

Investigação mira crimes ambientais e suposto uso de estudo falso por parte da empresa;

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Imagem aérea da região da mina 18 da Braskem, em Maceió, que apresenta risco iminente de colapso Reprodução/CNN

Com o risco de colapso da mina 18 da Braskem, em Maceió (AL), a Polícia Federal se viu pressionada a acelerar a conclusão de um inquérito aberto ainda em 2019. Segundo apurou a CNN, a investigação — que corre sob sigilo — mira crimes ambientais e suposto uso de estudos falsos por parte da petroquímica.

A investigação foi aberta depois que um levantamento do Serviço Geológico do Brasil mostrou que a instabilidade de terra nos bairros de Maceió estaria diretamente ligada à exploração de sal-gema pela Braskem.

Delegados da PF afirmaram à CNN que, atualmente, há uma equipe completa em Alagoas. São peritos e geólogos enviados especificamente para avançar no caso. A ordem é dar celeridade para o inquérito poder ser encerrado nos próximos meses.

As minas da Braskem em Maceió são cavernas abertas pela extração de sal-gema durante décadas de mineração na região. Essas cavernas estavam sendo fechadas desde 2019, quando o Serviço Geológico do Brasil (SGB) confirmou que a atividade realizada havia provocado o fenômeno de afundamento do solo na região, o que obrigou a interdição de uma série de bairros da capital alagoana.

O caso ganhou repercussão após um tremor de terra sentido por moradores de alguns bairros em março de 2018. Em julho deste ano, a prefeitura da cidade fechou um acordo com a empresa assegurando ao município uma indenização de R$ 1,7 bilhão em razão do afundamento dos bairros.

Segundo a administração municipal, os recursos serão destinados à realização de obras estruturantes na cidade e à criação do Fundo de Amparo aos Moradores (FAM).

Em nota, a Braskem afirma que continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, localizada no bairro do Mutange, em Maceió, e tomando todas as medidas cabíveis para minimizar o impacto de possíveis ocorrências. A CNN também procurou a petroquímica para comentar o suposto uso de dados falsos citado por investigadores da Polícia Federal. Mas ainda não teve retorno.

FONTE: Por CNN

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