O Amazonas entrou em emergência fitossanitária após o registro de focos de mosca-da-carambola na divisa com o Pará. Nesta terça-feira (14), o Governo do Amazonas informou que o estado não tem ocorrência da praga.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo e a mosca-da-carambola é a principal ameaça à manutenção dos mercados de exportação já estabelecidos e em constante expansão da fruticultura.
Na segunda-feira (13), o Mapa publicou a Portaria nº 627, que declara estado de emergência fitossanitária nos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima. No entanto, segundo o ministério, atualmente, a praga está presente apenas nos estados do Amapá, Pará e Roraima.
Segundo a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), mesmo sem ocorrência da praga no estado, o Amazonas atua na fiscalização.
“Ações de prevenção são realizadas diuturnamente por meio da fiscalização do trânsito interestadual de vegetais e suas partes, junto às suas sete Barreiras de Vigilância Agropecuária (BVAs) e de forma alinhada com o Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola no estado”, disse, em nota.
Para evitar a entrada da mosca-da-carambola no Amazonas, a Adaf disse que também promove ações de educação sanitária, por meio de palestras e distribuição e divulgação de materiais informativos sobre a praga. A agência disse, ainda, que monitora armadilhas “tipo Jackson”, utilizadas como estratégia de monitoramento da praga quarentenária, em cidades como Nhamundá e Parintins.
A praga Bactrocera carambolae (mosca-da-carambola) causa danos não apenas na carambola, mas em diversas outras frutas como goiaba, acerola, tangerina, caju, pitanga, entre outras.
Combate nos estados
Em abril, a Portaria nº 780 declarou Roraima área sob quarentena. “O status implica na proibição do trânsito de frutos hospedeiros da praga para os outros estados”, informou o Mapa.
Conforme o ministério, no Pará, há recentes detecções de novos focos da praga nos municípios de Oriximiná e Terra Santa, localizados em uma região de altíssimo fluxo de pessoas e mercadorias. Os registros, segundo o Mapa, indicam “iminente risco de dispersão da praga para as demais unidades da Federação sem ocorrência e, em especial, para os principais polos frutícolas do Brasil”.
De acordo com o ministério, o Amazonas foi incluído na condição de emergência fitossanitária em função dos focos detectados em região próxima à fronteira com o Pará. “Bem como ao elevado fluxo de viajantes e produtos provenientes de Roraima”, disse.
FONTE: Por G1 AM