
O elenco da Seleção Brasileira ficou insatisfeito com os dois gramados que a Confederação Brasileira de Futebol ofertou nos dois primeiros jogos do Brasil como mandante, em Belém e Cuiabá, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026.
Após o empate em 1 a 1 contra a Venezuela na quinta-feira (12), na Arena Pantanal, na capital do Mato Grosso, pela terceira rodada, o descontentamento com o campo foi manifestado não só a jornalistas, mas também ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
No dia anterior ao confronto (11), o volante e capitão Casemiro já havia questionado o gramado, mas de maneira discreta. Ederson foi outro que se manifestou.
“Tivemos uma conversa com o presidente. Independentemente do lugar, é sempre bom ter um bom gramado. Em todo canto da Europa que você vai, o gramado é bom. No Brasil não é diferente, tem que ter mais investimento nos gramados, não só no estádio de hoje, como em muitos estádios do Brasil. Deveriam focar mais nesse aspecto, faz muita diferença”, disse o goleiro.
A Itatiaia apurou que já havia tido reclamação com o estado do gramado do estádio Mangueirão, em Belém, para a partida contra a Bolívia, em 8 de setembro, que marcou a estreia do Brasil nas Eliminatórias. Só que a vitória por 5 a 1 acabou mascarando o problema, que não foi externado ao público, ficou apenas interno e discreto.
Mudança na logística
Já ciente da preocupação da comissão técnica com gramados ruins e da irritação de parte do elenco, a direção da CBF escolheu o Maracanã, no Rio de Janeiro, para receber o clássico contra a Argentina, às 21h30, de 21 de novembro, pela sexta rodada das Eliminatórias.
Houve o fator segurança, a pedido da Fifa e da Conmebol, que tirou a partida das duas cidades avaliadas inicialmente, Manaus, com a Arena da Amazônia, e Brasília, com o Mané Garrincha.
O fato de o gramado do Maracanã ser reformado pela confederação sul-americana para a final da Copa Libertadores em 4 de novembro, entre Fluminense e Boca Juniors-ARG, foi fundamental para a escolha recair sobre o estádio, que deve apresentar boas condições após as mudanças.
As reclamações dos atletas devem pesar na escolha das sedes para os seis jogos restantes da Seleção em casa nessas Eliminatórias, partidas que ocorrerão no segundo semestre de 2024 e início de 2025.
Ednaldo Rodrigues prometeu para várias federações levar a Seleção para suas localidades, como a pernambucana, a amazonense e a cearense, e a ideia era que nove estados diferentes recebessem o Brasil.
A promessa, provavelmente, não será cumprida, e somente estádios comprovadamente com bons gramados receberão as partidas. Nas Eliminatórias para a Copa de 2022, no Catar, o técnico Tite solicitou jogar a maioria dos jogos na Neo Química Arena, em São Paulo, não por sua ligação com o Corinthians, seu ex-clube, mas por causa do gramado, considerado por muitos o melhor do Brasil.
FONTE: Por CNN