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Transplantes: receptor pode saber quem fez a doação? Entenda

Assunto ganhou destaque nesta semana depois da divulgação de que o apresentador Faustão terá de passar por um transplante cardíaco

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Processo de doação de órgãos é sigiloso, informa Central de Transplantes de SP Foto: Joe Carrotta/NYU Langone Health

O apresentador Fausto Silva, de 73 anos, continua hospitalizado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratar de uma insuficiência cardíaca. Faustão terá de passar por um transplante cardíaco e está na fila de espera do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde.

Conforme determina a legislação vigente, quando o apresentador for contemplado com a doação de um coração compatível, será possível descobrir a identidade do doador? A CNN explica.

A Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de São Paulo informa que o processo de doação de órgãos é sigiloso. Ou seja. nem o receptor, nem o doador sabem a identidade um do outro.

A única exceção à regra é para o caso de alguém que já esteja ser beneficiado com doação do órgão aguardando de algum familiar falecido. Os demais órgãos, por outro lado, são distribuídos para o resto da fila do SNT, explica a central.

No caso de órgãos que podem ser doados por pessoas vivas –como um rim, parte do fígado ou parte do pulmão–, as equipes das Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) buscam parentes de até quarto grau para avaliar a compatibilidade.

Como eu posso me tornar doador de órgãos?

A legislação brasileira não exige que um paciente registre em documentos ou cartórios a vontade de ser um doar órgãos. O mais importante, conforme o SNT, é que o potencial doador avise sua família e amigos.

Um dos principais motivos para que um órgão não seja doado no Brasil é a negativa familiar, já que cerca de metade das famílias entrevistadas não dão a autorização para a retirada de órgãos e transplantes do potencial doador.

Quais órgãos podem ser doados?

Em vida, um doador pode doar um dos rins, parte do fígado, parte do pulmão ou parte da medula óssea.

Um doador falecido após morte encefálica que não tenha sofrido parada cardiorrespiratória pode doar coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões.

No caso de o doador ter morrido por parada cardiorrespiratória, será possível doar apenas tecidos para transplante, como córnea, vasos, pele, ossos e tendões.

Após a retirada do coração do doador, em quanto tempo ele deve ser transplantado?

Um coração pode demorar no máximo quatro horas para ser transplantado após a retirada do corpo do doador.

Em contrapartida, um pulmão pode esperar até seis horas. No caso do fígado e do pâncreas, o tempo máximo sobre para 12 horas. Os rins, por sua vez, podem demorar até 48 horas.

FONTE: Por CNN

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