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Mensageira da Paz na ONU, violinista japonesa Midori se apresenta pela primeira vez no Teatro Amazonas

Midori participará de concerto sinfônico junto com o Neojiba, programa da Bahia, nesta sexta (18). Entrada é gratuita, por ordem de chegada.

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Violinista japonesa Midori Goto — Foto: Timothy Greenfield/Sanders

Mensageira da Paz na Organização das Nações Unidas (ONU) e violinista, a japonesa Midori Goto se apresenta nesta sexta-feira (18), às 20h, no Teatro Amazonas, pela primeira vez. Ela participará de um concerto sinfônico junto com a Orquestra e o Coro do Neojiba.

A apresentação será regida pelo maestro Ricardo Castro, fundador e diretor-geral do Neojiba, grupo da Bahia.

“Depois de várias turnês internacionais, a gente finalmente chega aqui nesse templo. O templo em si não é só o Teatro, é a Amazônia. Eu fico muito feliz poder trazê-los aqui pela primeira vez. Eu já estive aqui algumas vezes. Agora, eles também têm se realizado muito nessa experiência de chegar em Manaus, de conhecer a Amazônia e de tocar nesse teatro , que transpira história e música”, disse o maestro.

Os jovens do Neojiba e a violinista Midori já se apresentaram em outros palcos. Desta vez, Midori decidiu integrar a turnê dos jovens talentos.

“É uma nova orquestra. Eles são fantásticos. É um grande prazer, pra mim, estar preparada para trabalhar com eles, colaborando e trabalhando junto com esses colegas. O Neojiba é um lindo trabalho, emocionante”, descreveu a violinista.

No concerto desta sexta-feira, a violonista será solista das peças “Romance op. 11 para violino e orquestra”, de Antonín Dvořák, e “Concerto para violino e orquestra em ré menor”, de Robert Schumann.

Em 2016, Midori participou de uma outra turnê do Neojiba, que percorreu as principais salas da Suíça, Itália e França, na Europa.

A apresentação dos jovens musicistas também conta com repertório de compositores europeus consagrados, como o checo Antonín Dvořák, com o “Romance op. 11 para violino e orquestra”, e Robert Schumann, com o “Concerto para violino e orquestra em ré menor”.

A sessão terá, ainda, obras de compositores brasileiros contemporâneos, como “É doce morrer no mar”, para coro à capela, de Dorival Caymmi e Jorge Amado, e “Canticum Naturale”, do catarinense Edino Krieger, inspirada nos pássaros e rios da Amazônia. A peça terá solo da soprano Emyle França.

Teatro Amazonas — Foto: Eduardo Tosta/Neojiba
Teatro Amazonas — Foto: Eduardo Tosta/Neojiba

A entrada para a apresentação desta sexta-feira é gratuita, e ocorre por ordem de chegada. “A recomendação é que o público chegue ao local com 40 minutos de antecedência”, orientou a organização do evento.

Para garantir a acessibilidade das pessoas com deficiência auditiva, o concerto terá intérprete de Libras.

Teatro Amazonas — Foto: Eduardo Tosta/Neojiba
Teatro Amazonas — Foto: Eduardo Tosta/Neojiba
‘Turnê Liberdade’

A apresentação desta sexta encerra a passagem da Orquestra e do Coro do Neojiba por Manaus. Os grupos se apresentaram pela primeira vez no Teatro Amazonas, na quinta-feira (17). Na ocasião, o público pode acompanhar a apresentação de uma ópera brasileira.

As apresentações do programa na capital fazem parte da “Turnê Liberdade” Norte e Nordeste, que conta com o patrocínio da PetroReconcavo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

A turnê estreou em Aracaju no dia 5, e passou ainda por Maceió (7), Recife (8) e Mossoró (12 e 13).

Após os espetáculos na capital do Amazonas, Salvador recebe o Neojiba no domingo (20). A turnê celebra os 200 anos de Independência do Brasil na Bahia.

Midori Goto
Violinista japonesa Midori  — Foto: Timothy Greenfield/Sanders
Violinista japonesa Midori — Foto: Timothy Greenfield/Sanders

A violonista japonesa Mitori Godo nasceu na cidade de Osaka, no Japão, em 1971. Sua mãe, Setsu Goto, foi a principal inspiração para começar a tocar o instrumento.

Em 1982, o maestro Zubin Mehta convidou Midori, que tinha apenas 11 anos, para se apresentar com a Filarmônica de Nova York no concerto anual de Ano Novo da orquestra, onde foram lançados os alicerces para a carreira da artista.

Para analistas musicais, Midori é uma artista visionária, ativista e educadora que explora e cria conexões entre a música e a experiência humana.

Midori e Neojiba no Teatro Amazonas — Foto: Eduardo Tosta/Neojiba
Midori e Neojiba no Teatro Amazonas — Foto: Eduardo Tosta/Neojiba
Apresentações internacionais

Midori adiciona à carreira internacional a apresentação no Teatro Amazonas. Com 40 anos de estrada, ela já se apresentou nas orquestras sinfônicas de Londres, Chicago e São Francisco, e nas filarmônicas de Berlim e Viena, entre outros eventos espalhados pelo mundo todo.

ONU e honrarias

Em reconhecimento ao trabalho como artista e humanitária, Midori atua como Mensageira da Paz das Nações Unidas (ONU).

Na última temporada, ela participou de uma discussão organizada pelo The Peace Studio sobre o que a música pode ensinar sobre comunicação pacífica, ao lado de Joyce DiDonato e Wynton Marsalis.

A violinista recebeu o Prêmio John D. Rockefeller 3º da Asian Cultural Council por contribuições para o campo das artes e do intercâmbio cultural.

No ano passado, Midori também recebeu o Prêmio Brahms da Schleswig-Holstein Brahms Society, em reconhecimento às contribuições para a cultura americana.

O maestro Ricardo Castro, fundador e diretor-geral do Neojiba, e Midori no Teatro Amazonas — Foto: Eduardo Tosta/Neojiba
O maestro Ricardo Castro, fundador e diretor-geral do Neojiba, e Midori no Teatro Amazonas — Foto: Eduardo Tosta/Neojiba
Neojiba

Criado há 16 anos, o Neojiba é a sigla para Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia. O grupo, mantido pelo Governo da Bahia, se tornou referência no Brasil e no mundo por ensinar música as crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.

Esta é a quarta turnê nacional realizada pelo programa, que já recebeu prêmios de reconhecimento pelo trabalho que realiza.

Teatro Amazonas — Foto: Eduardo Tosta/Neojiba
Teatro Amazonas — Foto: Eduardo Tosta/Neojiba
Teatro Amazonas

O Teatro Amazonas é o principal cartão-postal de Manaus. Foi inaugurado em 1896, no auge do Ciclo da Borracha na Amazônia, e vai completar 127 anos em 2023. Ao longo da história, o espaço já foi palco de diversos eventos e movimentos artísticos locais e internacionais.

Neste ano, foi destaque na pesquisa online do site Angi, que apontou o monumento histórico como “o mais bonito do Brasil”.

FONTE: Por G1 AM

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