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Luto pelo pet: como superar a perda do seu bicho de estimação?

Lembrar dos bons momentos pode tornar o luto menos doloroso; prefeituras têm serviços para enterro e cremação de animais de estimação

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Eric Ward/Unsplash

São inúmeras as lembranças que construímos e momentos alegres que vivenciamos ao lado dos nossos bichos de estimação. Mas existe algum jeito de tornar a perda do pet menos dolorida?

Segundo a médica veterinária Marina Lara Rossi, o primeiro passo é não se sentir culpado pela morte do animal, e o acolhimento dos amigos e familiares pode contribuir para o momento de luto.

“Quando acontece, muitas vezes, não haverá palavras ou atitudes suficientes que possam fazer o momento ser menos aflitivo. É realmente algo muito dolorido e particular, cada pessoa irá reagir de um jeito. Em alguns casos sugerimos também a busca por ajuda psicológica, para conseguir superar a angústia”

Ela também indica que o tutor pense em momentos de felicidades que compartilhou com o animal.

A psicoterapeuta Blenda Oliveira afirma que muitos detalhes podem influenciar durante o processo de luto – ainda mais quando o responsável não estava esperando a perda do pet.

“Apesar de ser muito doloroso, o luto é uma etapa importante e necessária, pois quando o indivíduo entra na fase de aceitação, ele entende que aquela é a nova realidade, que precisa ser vivida independentemente de qualquer coisa. Esse é um processo que deve ser respeitado, sempre com um passo de cada vez, até o entendimento de que as coisas acontecem e muitas vezes não conseguimos mudá-las”, explica.

Despedida 

Em alguns casos, a morte do bichinho acontece em casa e, em outros, no centro veterinário, e o papel da equipe presente pode fazer com que a situação seja menos traumática.

Marina esclarece que é importante que o médico veterinário garanta um ambiente tranquilo e adequado para o animal e tutor.

“Nos esforçamos para explicar que o responsável fez de tudo para manter a saúde do seu animalzinho. No consultório, deixamos eles à vontade para se despedir o tempo que quiser e for necessário. Entendemos que é um momento delicado”.

O Conselho Federal de Medicina Veterinária ressalta também que a eutanásia é indicada quando o animal seja portador de uma doença incurável e esteja em sofrimento.

“É importante ressaltar que a utilização da eutanásia fica restrita às situações nas quais não há a possibilidade da adoção de medidas alternativas. Além disso, deve-se atentar para o respeito às legislações pertinentes, mas cabe ao tutor a decisão de fazer o procedimento ou não”, lembra Marina.

Enterro de forma segura 

O Centro de Controle de Zoonose (CCZ), unidade de saúde pública que tem como atribuição fundamental prevenir e controlar as zoonoses e desenvolver sistemas de vigilância sanitária, é o responsável por realizar o recolhimento quando um animal morre em casa.

O responsável que não conseguiu contratar um serviço particular, ou não tem condições de arcar com o custo de um enterro particular ou cremação, pode solicitar o serviço pelo telefone 156, o SAC na internet ou nas praças de atendimento. O serviço é gratuito, mas caso haja algum tipo de custo, será informado anteriormente.

Já existem crematórios próprios para animais e alguns cemitérios também, e eles normalmente restringem os atendimentos para gatos, cães, aves e pequenos roedores. Nesses locais, os tutores podem promover até uma cerimônia em homenagem ao seu bicho.

É importante ressaltar que enterrar o animal de estimação em terrenos ou no quintal de casa é crime ambiental, de acordo com o artigo 54 da Lei Ambiental, e pode render prisão de um a quatro anos, além de multa.

A exposição a doenças e destruição significativa da flora também são fatores que proíbem essa prática.

“Deve-se evitar enterrar animais, por conta do lençol freático. Enterrando-o em qualquer lugar, pode levar a riscos à saúde de famílias, outros animais e à contaminação do meio ambiente. O solo e a água podem ser contaminados com doenças graves, causadas por bactérias, vírus presentes no corpo do animal, e a propagação de doenças contagiosas”, ressalta a médica veterinária.

FONTE: Por CNN

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