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AM tem aumento de internações infantis por Síndrome Respiratória Aguda Grave

De acordo com o Boletim InfoGripe da Fiocruz, em 13 das 27 unidades federativas, o sinal de crescimento de casos está concentrado entre as crianças.

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Amazonas tem aumento de internações infantis por síndromes respiratórias — Foto: Divulgação

O Amazonas registrou alto número de internações entre o público infantil causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em 2023. De acordo com o Boletim InfoGripe da Fiocruz, em 13 das 27 unidades federativas, o sinal de crescimento de casos está concentrado entre as crianças.

Embora tenha citado aumento, o levantamento não especificou os números por estado.

Além do Amazonas, estados como Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe, também estão com alta no registro de casos.

O estudo apontou, ainda, que no quadro etário geral, em 19 das 27 unidades, há sinal moderado de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) e de curto prazo (últimas 3 semanas).

A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 8 de maio, que usou como referência a Semana Epidemiológica (SE) 18, de 30 de abril a 6 de maio.

Os resultados laboratoriais por faixa etária apontam predomínio dos casos positivos para Sars-CoV-2 na população adulta, embora mantenha queda em diversos estados. Em contrapartida, mantém-se sinal de aumento nos casos associados ao vírus influenza A e B.

Entre as crianças pequenas, permanece o predomínio de casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o que mantém o número de novas internações elevado nesse público.

“Nas crianças, o aumento está associado ao vírus sincicial respiratório, fundamentalmente, enquanto o aumento no restante da população é devido majoritariamente à Covid-19. No entanto, observam-se tendências distintas entre os vírus associados aos casos em adultos. Enquanto os casos associados à Covid-19 sugerem desaceleração, para os vírus influenza A e B, há indício de aumento recente em diversos desses estados”, afirma o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Com os números crescentes, Gomes destacou a necessidade das campanhas de vacinação. “O cenário de manutenção da presença de casos de SRAG associados à Covid-19, bem como o aumento recente naqueles associados ao vírus influenza A, reforça a importância da adesão campanhas de vacinação contra a Covid-19 e contra a gripe”, disse o pesquisador.

Capitais e casos de SRAG no país

No quadro etário geral, Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas).

Entre as capitais, 15 apresentam sinal de crescimento: Belém (PA), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Portoa Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA) e Teresina (PI).

Em 2023, já foram notificados 59.675 casos de SRAG, sendo 23.626 (39,6%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 27.010 (45,3%) negativos e ao menos 5.458 (9,1%) aguardando resultado laboratorial.

Resultados positivos de vírus respiratórios e óbitos

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência nacional entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi a seguinte: influenza A (13,5%); influenza B (7%); VSR (47,5%); e Sars-CoV-2/Covid-19 (25,5%). Já entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de: influenza A (14,5%); influenza B (8,5%); VSR (10,1%); e Sars-CoV-2/Covid-19 (63,7%).

FONTE: Por G1 AM

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