Os bancos de varejo e de médio porte estão planejando monitorar seus processos internos mais de perto e manter discussões mais frequentes com os reguladores, à medida que o setor tenta avançar após semanas de turbulência, dizem executivos do setor.
Os líderes do setor estão fazendo um balanço após o colapso do Silicon Valley Bank e do Signature e tentando diferenciar instituições sólidas das problemáticas, disseram executivos em uma conferência em Las Vegas.
“Definitivamente há otimismo entre os banqueiros, apesar das últimas semanas, mas eles não estão fechando os olhos para o que aconteceu”, disse Lindsey Johnson, presidente-executiva da Associação de Bancos de Varejo (CBA), à Reuters na conferência, que termina na quarta-feira (29).
“Ainda estamos avaliando o que aconteceu e nos certificando de que estamos preparados para o que está por vir e ajudando os consumidores a lidar com isso”, disse Johnson, cuja associação tem 73 bancos membros, com US$ 15 trilhões em ativos (dado de 2021).
A visão geral é de que os recentes colapsos bancários foram “eventos isolados e com pouca probabilidade de se espalhar”, disse um executivo de um grande banco que não quis se identificar porque não estava autorizado a falar publicamente.
“Parece muito diferente da crise de 2008 e certamente não é tão dramático”, disse o executivo.
Os bancos de médio porte dos Estados Unidos disseram que estão tentando manter os depósitos dos clientes pagando taxas melhores e aprimorando algumas de suas estratégias depois que as recentes falências bancárias desencadearam um êxodo de US$ 119 bilhões de pequenas instituições.
Os reguladores também chamaram a atenção para a necessidade de gerenciamento de riscos em instituições semelhantes aos bancos. O diretor do Departamento de Proteção Financeira do Consumidor, Rohit Chopra, disse que os reguladores estão focados em manter a estabilidade do sistema financeiro.
“O sistema bancário é bastante sólido”, e os bancos grandes e regionais são bem capitalizados, disse a presidente-executiva do Citigroup, Jane Fraser, na semana passada.
Mesmo após as tentativas de aumentar a confiança, o presidente norte-americano Joe Biden disse na terça-feira (28) que a crise bancária “ainda não acabou”.
FONTE: Por CNN
