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Dilma deve ter salário de mais de R$ 200 mil por mês como presidente do banco dos Brics

Remuneração anual para os seis membros que compõem a presidência da instituição é de mais de R$ 21 milhões; Banco não divulga valor exato direcionado ao presidente

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A ex-presidente Dilma Rousseff Wilson Dias/Agência Brasil

Eleita para a presidência do chamado Banco dos Brics nesta sexta-feira (24), a ex-presidente da República Dilma Rousseff deve receber salário de R$ 295 mil mensais em seu novo cargo.

O Novo Banco do Desenvolvimento (NDB) não divulga de maneira discriminada o salário do presidente em atuação. Em sua publicação anual, a instituição indica a remuneração direcionada a todos os membros do quadro que compõem a presidência (presidente e cinco vice-presidentes).

De acordo com a divulgação mais recente, a remuneração direcionada aos seis membros é de US$ 4 milhões anuais (cerca de R$ 21,2 milhões). Considerando que o valor seja igualmente dividido entre os quadros, o presidente da instituição teria salário mensal equivalente a cerca de US$ 56 mil ou R$ 295 mil.

Já uma fonte que trabalha em um banco multilateral confirma que o salário dos presidentes do Banco Mundial, BID, FMI ficam na casa dos US$ 500 mil por ano (cerca de R$ 2,65 milhões ou R$ 221 mil por mês), portanto, o NBD deve pagar à ex-presidente um salário nessa faixa de valor.

A fonte observa que o NBD é o único que não descrimina os valores exatos, como seus pares.

CNN questionou o banco dos Brics sobre o valor exato da remuneração do presidente. Até o momento da publicação desta reportagem, não houve resposta.

No comunicado oficial sobre a eleição da ex-presidente, o banco ressalta suas competências econômicas, citando que “a economista Dilma Rousseff foi eleita presidente do Brasil por dois mandatos” e, como presidente, “concentrou sua agenda em garantir a estabilidade econômica do país e a criação de empregos”.

O comunicado diz ainda que, durante seu governo, a luta contra a pobreza foi priorizada, e os programas sociais que começaram com Lula foram expandidos e reconhecidos internacionalmente.

“Como resultado de um dos processos mais extensos de redução da pobreza na história do país, o Brasil foi removido do Mapa da Fome da ONU”, diz a nota.

A sede do banco fica em um prédio em Xangai, onde Dilma passará a morar e a trabalhar. Ela ficará em um gabinete com vista para a metrópole, maior cidade chinesa.

O banco oferece aos empregados uma série de benefícios, como assistência médica, educacional para filhos, auxílio-viagem para o país de origem, subsídios para mudança em caso de contratação e desligamento e transporte aéreo.

Eleição para o Banco dos Brics

O conselho de governadores do Banco, formado pelos ministros da Fazenda dos países fundadores, mais os representantes dos quatro novos integrantes (Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai), se reuniram nesta sexta, por videoconferência, para votar a indicação de Dilma.

A instituição financeira foi criada em 2014 pelos Brics – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A petista foi sabatinada pelas autoridades estrangeiras ao longo deste mês, depois que o NDB comunicou o início da troca de comando. Ela substituirá o diplomata e economista Marcos Troyjo, ex-integrante da equipe do ex-ministro da Economia Paulo Guedes.

Indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma era candidata única. Ela ficará no cargo para completar o mandato brasileiro, até julho de 2025.

A posse da ex-presidente no cargo deve acontecer na próxima quarta-feira (29), durante a viagem do presidente Lula à China. O presidente adiou sua ida ao país asiático para domingo (26), após ser diagnosticado com uma pneumonia leve.

FONTE: Por CNN

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