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Bradesco pede a Moraes que reconsidere decisão sobre Americanas

Ministro do STF acatou pedido dos advogados da varejista de que produção de provas incluiu acesso à troca de e-mails entre advogados e diretoria jurídica da empresa, violando, portanto, sigilo constitucional profissional

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Fachada das Lojas Americanas, no centro de Fortaleza (CE), na tarde desta quinta-feira, 12 de janeiro de 2023 DAVI ROCHA/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Bradesco protocolou nesta sexta-feira um pedido de reconsideração ao ministro Do Supremo Tribunal Feder Alexandre de Moraes sobre sua decisão de suspender a produção antecipada de provas que havia sido autorizada pela Justiça de São Paulo contra a Americanas.

Moraes acatou o pedido dos advogados da Americanas de que a produção de provas incluiu acesso à troca de e-mails entre advogados da empresa e a diretoria jurídica da empresa, violando, portanto, o sigilo constitucional profissional.

Na petição apresentada hoje, o Bradesco contesta essa tese.

“Para descortinar de uma vez por todas o vil oportunismo que marca os pedidos dos reclamantes, é necessário principiar esta reclamação esclarecendo que nem o Bradesco, nem os outros credores que litigam com a Americanas, nem ninguém jamais teve qualquer interesse em acessar os e-mails trocados entre os reclamantes e os executivos da sua cliente, seja para ter acesso às “estratégias processuais”, aos “inúmeros e-mails trocados pelos advogados [i.e., os reclamantes] e o Grupo Americanas” (fls. 01), ou para o que for.”, dizem os advogados do Bradesco.

Eles também afirmam que “Definitivamente nada disso interessa ao Bradesco, sendo-lhe, aliás, pouquíssimo relevante conhecer as “sugestões processuais eventualmente promovidas pelos patronos/reclamantes”, as “versões iniciais de minutas de recursos”, as “deliberações sobre estratégias processuais que podem ter sido conjecturadas”, assim como também são completamente indiferentes, para ele as “outras inúmeras consultas jurídicas, opiniões e mesmo impressões pessoais” (fls. 04) trocadas entre os advogados que propuseram essa reclamação e os administradores da Americanas”.

O banco também diz que o argumento da Americanas é “cínico”.

“Ao contrário do que poderia supor o cínico argumento armado pelos reclamantes, ninguém pediu acesso a essas informações. E nem foi isso, diga-se com a ênfase necessária, deferido pelo MM. Juízo prolator da ordemque agora é muito injustamente submetida a essa reclamação constitucional pela Americanas.”

E afirma que “A Americanas pode não ter coragem de dizê-lo, mas está claro que o que ela quer, mesmo, é usar o fato de haver e-mails trocados com os seus advogados, nas mensagens apreendidas por ordem do MM. Juízo da 2ª Vara Empresarial da 1ª RAJ de São Paulo, para com isso criar uma mesquinha cortina de fumaça que de alguma forma lhe permita interromper as investigações iniciadas a pedido do Bradesco, no seio da companhia”.

E completa: “Porque é só isso que a varejista, hoje em estado quase falimentar, quer: nterromper as investigações em curso, para proteger os seus administradores – e sobretudo os seus abastados controladores – do inexorável destino que lhes aguarda a todos, com a propositura de inúmeras ações de responsabilidade por todos os credores que sofreram com a fraude contábil que esses agentes praticaram na companhia.”

FONTE: Por CNN

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