Se a Covid-19 representa 78% dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) registrados em 2022 no Brasil, uma tendência diferente foi observada recentemente, segundo o novo boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (27). Nas últimas quatro semanas, os pacientes com influenza A representaram 24,6%, aproximando-se dos infectados pelo coronavírus no período – de 26,4%.
Segundo o levantamento, o estado de São Paulo e o Distrito Federal lideram os casos de influenza A. Devido à importância de ambos no fluxo de passageiros, a Fiocruz destaca que o cenário pode se alastrar para outras partes do país. O InfoGripe já destaca, por exemplo, um ligeiro aumento da presença do vírus na Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Assim como aconteceu nos surtos de gripe registrados no país no fim do ano passado, o subtipo H3N2 predomina entre os pacientes.
O InfoGripe também elenca que 21,7% dos resultados positivos de SRAG observados nas últimas quatro semanas foram de Vírus Sincicial Respiratório, comum em crianças. O boletim leva em conta os dados registrados no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe até o dia 24 deste mês de outubro.
Já em relação à Covid-19, a Fiocruz continua registrando o patamar mais baixo desde o início da pandemia, mas com um crescimento moderado nas tendências de longo e curto prazo, especialmente entre as crianças de zero a quatro anos.
Na análise geral dos casos de síndrome respiratória aguda grave, nove das 27 unidades federativas registram crescimento moderado na tendência de longo prazo: Alagoas, Amazonas, Amapá, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Sergipe e São Paulo.
No caso das capitais, o aumento moderado é observado na tendência de longo prazo em 13 delas: Aracaju (SE), Belém (PA), Campo Grande (MS), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).
FONTE: Por CNN