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Exposição em Madri joga luz sobre as cicatrizes do câncer de mama 

Museu Nacional de Arte Thyssen-Bornemisza mostra cópias digitais de obras de Goya, Reubens e outros que foram alteradas para parecer que os nus passaram por mastectomias

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Uma exposição de arte em Madri, na Espanha, busca chamar a atenção para o câncer de mama e as cicatrizes físicas e psicológicas deixadas pelas mastectomias – procedimento de retirada da mama em cirurgia.

A exposição no Museu Nacional de Arte Thyssen-Bornemisza, intitulada “De la piel al lienzo: otra mirada al cáncer de mama”, ou “Da pele à tela: outro olhar sobre o câncer de mama” em uma tradução livre, apresenta cópias digitais de obras de Francisco de Goya, Peter Paul Reubens e Hans Baldung Grien que foram alteradas para parecer que os nus passaram por mastectomias.

“Com esta intervenção estamos chamando a atenção para o processo da doença”, disse Juan Alberto García de Cubas, presidente da Fundación Cultura en Vena, organizadora da exposição.

Como parte do mostra, a fundação fez um vídeo de La Maja Desnuda, de Goya, sendo levada para um hospital em uma ambulância, onde a pintura passa por “cirurgia” enquanto uma equipe de artistas pinta uma cicatriz em seu seio esquerdo. A obra de arte é então levada de ambulância para o museu e pendurada na parede.

Gema Salas, uma arquiteta de 44 anos que passou por uma mastectomia para tratar o câncer de mama, disse que a exposição teve um efeito profundo sobre ela.

“É comum que as mulheres que se submetem a uma mastectomia precisem aprender a amar a si mesmas e a seus corpos novamente”, disse Salas.

“Para mim, a pintura representa como após o tratamento, quando você se sente um pouco perdida, é como renascer como mulher”, disse ela. “Ter uma cicatriz não significa que você é menos mulher.”

FONTE:Por REUTERS/Foto:REUTERS/Susana Vera

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