Elon Musk e Twitter podem chegar a um acordo para encerrar seu litígio ainda nesta quarta-feira (5) e abrir caminho para que a pessoa mais rica do mundo conclua a compra de U$ 44 bilhões pela a plataforma de mídia social, segundo informou uma fonte familiarizada com o processo à Reuters.
Musk voltou atrás e propôs ao Twitter na segunda-feira (3) retomar o acordo que havia sido negociado em abril, de comprar a empresa por US$ 54,20 por ação.
A proposta de Musk apresentada na segunda incluía uma condição para que o fechamento do negócio dependesse do recebimento do financiamento de dívida necessário. A condição provavelmente seria removida para que o acordo fosse fechado, disse a fonte, que pediu anonimato.
A equipe jurídica do Twitter e os advogados de Musk atualizaram o juiz na terça-feira (4) com suas tentativas de tentar superar a desconfiança mútua e encontrar um processo para fechar o acordo.
Musk disse em julho deste ano que estava se afastando do acordo de aquisição porque descobriu que o Twitter supostamente o enganou sobre a quantidade de contas falsas, entre outras alegações. Parte do caso de Musk foi baseado em alegações do denunciante do Twitter, Peiter “Mudge” Zatko, que se tornaram públicas em agosto.
A equipe jurídica do Twitter queria investigar se o advogado da Quinn Emanuel, Alex Spiro, que liderou o caso de Musk, se comunicou com o denunciante já em maio. O escritório de advocacia disse em documentos judiciais que seus advogados não se comunicaram com Zatko ou seus representantes.
O Twitter descobriu um e-mail anônimo de 6 de maio para Spiro de “um ex-executivo do Twitter liderando equipes envolvendo diretamente Confiança e Segurança/Moderação de Conteúdo”, de acordo com documentos judiciais. O remetente se ofereceu para se comunicar “por meios alternativos”.
Zatko, que era chefe de segurança do Twitter até ser demitido em janeiro, disse sob juramento que não se comunicou com Musk ou com os advogados de Musk em Quinn Emanuel.
A juíza, a chanceler Kathaleen McCormick, do Tribunal de Chancelaria de Delaware, disse em uma decisão na segunda-feira (3) que é “pelo menos plausível” que Zatko tenha enviado o e-mail anônimo. Ela ordenou que Spiro arquivasse até as 16h30 (horário local) na quarta-feira (5) uma declaração com o tribunal explicando suas ações em relação ao e-mail de 6 de maio.
FONTE:Por REUTERS
