A Polícia Federal vai continuar nesta sexta-feira (17) as buscas pela embarcação que transportava o indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, mortos no Amazonas. O local onde as buscas se concentram foi apontado por Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, um dos suspeitos no caso. Ele também indicou à polícia a área onde os corpos foram ocultados.
O barco de Bruno e Dom foi afundado pelos suspeitos uma área de mata apontada.
Nessa quinta-feira (17), agentes da PF, Marinha e indígenas percorreram cerca de 12 km pelo Rio Itaquaí, nas proximidades da comunidade ribeirinha Cachoeira. Mas não obtiveram sucesso.
De acordo com a PF, um trabalho minucioso dos mergulhadores foi feito e as equipes de buscas usaram garateias – equipamentos com ganchos – para tentar tirar a embarcação, que não foi localizada.
Na quarta (15), Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, que é um dos suspeitos no caso, apontou o local onde a embarcação foi afundada. Ele confessou para a polícia o assassinato de Bruno e Dom em depoimento.
Restos mortais

Os restos mortais encontrados enterrados no local indicado por Amarildo foram encaminhados para perícia em Brasília. Confirmadas as identificações, serão entregues às respectivas famílias das vítimas.
A perícia deve começar a ser feita na sexta-feira (17) e deve ficar pronta na próxima semana. Pela avaliação dos investigadores, será possível realizar um teste de DNA para a identificação dos restos mortais.
Suspeitos
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Além de Amarildo, também está preso um irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, mas, segundo a PF, ele não confessou envolvimento no caso. A participação no crime de uma terceira pessoa, citada por Amarildo, está sendo investigada e novas prisões não estão descartadas.
De acordo com o superintendente da PF, as investigações seguem em sigilo e não é possível dizer a motivação do crime. Ele afirmou ainda que Amarildo, em seu depoimento, relatou que matou os dois com disparos de arma de fogo, mas que apenas a perícia poderá dar certeza sobre a causa da morte.
Já nessa quinta-feira (16), a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de um dos suspeitos de envolvimento no crime, em Atalaia do Norte.
À Rede Amazônica, o delegado responsável pelo caso, Alex Perez, confirmou o cumprimento do mandado, mas não deu detalhes se a ordem judicial foi cumprida na casa de Amarildo, Oseney ou outro suspeito. As autoridades também não divulgaram o que teria sido apreendido.
As investigações apuram a participação de cinco suspeitos no caso, segundo informaram fontes da Polícia Federal (PF) à GloboNews.
Reconstituição
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Ainda segundo a PF, Amarildo fez a confissão na noite de terça, quando narrou em detalhes o crime. Durante o dia desta quarta, ele foi levado até o local onde enterrou os corpos. Ele também indicou onde afundou a embarcação que era usada por Bruno e Dom, mas a polícia só deve ir ao local nesta quinta-feira (16) para retirar a embarcação.
O restos mortais foram achados cerca de 3,1 km de distância de onde itens pessoais do indigenista e do jornalista, como cartão de saúde e notebook, haviam sido encontrados dias atrás.
“Não teríamos condições de chegar ao local de maneira rápida sem a confissão”, afirmou o superintendente.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Guilherme Torres, as equipes percorreram o rio por cerca de 1h40 e depois caminharam mais 25 minutos em uma área de mata de difícil acesso até onde os corpos tinham sido enterrados. No local, foi feita uma reconstituição do crime, com autorização da Justiça.
FONTE: Por G1 AM