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Advogados de suspeito investigado em desaparecimentos no AM são procuradores municipais

Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, foi preso na terça (7) com drogas e munição. Nesta quinta (9), ele deve passar por audiência de custódia. Por g1 AM

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FOTO: Reprodução

Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, preso na terça-feira (7) com drogas e munição e investigado por envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, terá dois procuradores municipais como advogados de defesa.

O Procurador-geral do Município (PGM) de Atalaia do Norte, Ronaldo Caldas da Silva Maricau, e o PGM Davi Barbosa de Oliveira, do município vizinho Benjamin Constant, se apresentaram para integrar a defesa de Amarildo. O suspeito deverá passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (9).

g1 solicitou posicionamento das duas prefeituras, e aguarda retorno.

De acordo com o Comando de Policiamento do Interior (CPI) da Polícia Militar, o Amarildo, conhecido como ”Pelado”, foi localizado na comunidade São Gabriel, uma vila a poucos quilômetros da comunidade São Rafael, onde Bruno e Phillips foram vistos pela última vez, no domingo (5).

Ele teria sido visto por ribeirinhos trafegando em uma lancha logo atrás da embarcação dos dois desaparecidos no dia em que sumiram.

Ainda segundo as autoridades, o motivo da prisão, porém, não tem relação com o desaparecimento. Ele tinha munição de uso restrito e uma quantidade de droga em seu poder quando foi encontrado e, por conta disso, acabou autuado em flagrante.

A Polícia Civil e a Polícia Federal abriram inquéritos para apurar o caso. Até essa quarta (8), seis pessoas tinham prestado depoimento. Além de Amarildo, a polícia colheu informações de cinco testemunhas.

Segunda maior reserva do país, a Terra Indígena Vale do Javari, onde os dois desapareceram, é palco de conflitos típicos da região: tráfico de drogas, roubo de madeira e avanço do garimpo ilegal.

Buscas

Ainda no domingo, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) começou as buscas. Sem obter sucesso, a organização indígena acionou na segunda-feira as autoridades e divulgou nota à imprensa comunicando o desaparecimento dos dois.

Mapa mostra onde jornalista e indigenista desapareceram na Amazônia — Foto: Arte/g1
Mapa mostra onde jornalista e indigenista desapareceram na Amazônia — Foto: Arte/g1

Desde então, diversos órgãos federais estão envolvidos na operação para tentar encontrá-los. Agentes da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) participam das buscas, além da Marinha e do Exército.

Na segunda-feira, o governo do Amazonas anunciou o envio de bombeiros, policiais civis e militares para reforçar a procura.

FONTE: Por G1 AM, colaborou Alexandre Hisayasu, da Rede Amazônica.

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