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Da internet discada aos memes: como foi criado o GIF, formato de imagens animadas

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O formato de imagens animadas GIF é muito popular na internet, em especial nas redes sociais, onde é usado para compartilhar memes. Mas há 35 anos, quando foi criado, ele tinha uma finalidade bem diferente.

Inventado pelo desenvolvedor Stephen Wilhite, que morreu no último dia 14 de março, aos 74 anos, por complicações decorrentes da Covid-19, o termo GIF é uma sigla em inglês para “Graphics Interchange Format” (ou “formato para intercâmbio de gráficos”, em tradução livre).

Wilhite criou o formato em 1987 quando trabalhava para a CompuServe, um dos primeiros provedores de internet dos Estados Unidos. A empresa queria ter um formato universal de imagens que não dependesse dos diferentes padrões criados por fabricantes de computadores.

A ideia era criar um meio de transferir fotos com cores pela internet discada, que era muito mais lenta do que as conexões que existem atualmente. Pensando nisso, Wilhite recebeu uma missão: criar um formato que fizesse as imagens terem uma boa aparência ao mesmo tempo em que fossem leves.

Segundo o site FastCompany, Wilhite começou a desenvolver o GIF a partir de uma técnica de compressão de arquivos conhecida como LZW. Criada em 1984, ela permitiu que os arquivos ficassem com até um quarto do seu peso original após a compressão.

No início, os GIFs eram usados em uma versão mais moderna do CompuServe Information Manager, um programa do provedor com ferramentas para usuários acessarem a internet. A solução ficou mais visual e o então recém-criado formato era usado em ícones e em pequenas animações.

Em 1997, a CompuServe foi comprada pela AOL, que permitiu que o prazo das patentes do GIF expirasse, o que fez o formato cair em domínio público.

O próprio Wilhite afirmou em entrevista ao site Daily Dot, em 2012, que o formato poderia ter morrido no final dos anos 1990, não fosse uma mudança no Netscape, um dos principais navegadores de internet dessa época.

“O que fez o GIF ficar por aí é o loop de animação que a Netscape adicionou. Se a Netscape não tivesse adicionado o suporte aos GIFs em seu navegador, o GIF teria morrido em 1998”, disse Wilhite.

A mudança no Netscape fez com que as imagens em GIF fossem reproduzidas de forma infinita, já que, quando a animação chegava ao fim, era reinicada automaticamente pelo navegador.

O loop foi adotado por outros serviços e fez as imagens animadas se tornarem mais populares. Hoje, elas são usadas como um recurso para se expressar em aplicativos de mensagens e redes sociais.

E um detalhe interessante: a pronúncia “correta” do termo GIF é diferente da usada pela maioria das pessoas. Em 2013, durante uma homenagem por sua contribuição ao mundo da internet, Wilhite usou uma imagem animada para decretar que o formato deve ser pronunciado como “jif”, com som de “J”, e não de “G”.

FONTE: G1

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