Diante do ataque russo, Zelensky pediu que o país se torne membro do bloco imediatamente por meio de um procedimento especial
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse nesta segunda-feira (28) que assinou um pedido oficial para a Ucrânia ingressar na União Europeia (UE).
Zelensky pediu ao bloco que permita que a Ucrânia se torne membro imediatamente por meio de um procedimento especial pois se defende da invasão das forças russas.
Pelo Twitter, o primeiro-ministro da Ucrânia afirmou que a “esta é a escolha da Ucrânia e do povo ucraniano. Nós mais do que merecemos.”
Pouco antes, o primeiro encontro entre delegações diplomáticas da Ucrânia e da Rússia, que se reuniram na região da fronteira com Belarus, terminou sem acordo.
De acordo com o assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, os representantes retornarão às suas respectivas capitais antes de uma segunda rodada de negociações, informou a agência de notícias RIA.
Os países estão em uma guerra que já persiste há cinco dias, desde que forças russas invadiram o território ucraniano.
Entenda o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer da última quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.
Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência). O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.
De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.
Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.
Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos. A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.
Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito. A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
FONTE: Por CNN, com informações REUTERS