Para líderes religiosos de Manaus e do Amazonas, é tempo de renovar a esperança e ser mais solidário, principalmente com os que choram seus mortos.
Líderes religiosos de Manaus e do Amazonas, a convite do g1, enviaram mensagens para o Natal deste ano. Apesar das diferenças entre as crenças professadas por cada um, todos, unanimemente, reforçaram o pedido de um Natal mais solidário com mais esperança e paz. Veja as mensagens:
Alberto Jorge, pai de santo
Para o pai de santo Alberto Jorge, o Natal deste ano deve ser um momento de pedir misericórdia a Oxalá pela humanidade, já fragilizada pela pandemia da Covid-19, e que agora sofre os efeitos do avanço da Influenza. Ele também acredita que o momento é de renovação da fé.
“Nós temos no sincretismo religioso a figura de Jesus Cristo como Oxalá. É uma tradição que já vem de muitos anos e em função disso essa questão do Natal tem um sentido muito forte para todos nós. Esse ano, mais do que nos anos anteriores, temos a expectativa de um Natal de esperança, de fé. Devemos ter os nossos olhos voltados para o criador pedindo misericórdia, piedade, clemência nesse momento em que a humanidade está fragilizada com a pandemia da Covid-19 e com o vírus da Influenza, que vem causando tantos transtornos”, desejou.
Amarildo Luciano, padre
O padre Amarildo Luciano, superior dos missionários redentoristas do Amazonas, ressaltou a importância do Natal como a festa da vida e da manifestação de Jesus Cristo entre os homens.
“O Natal é a celebração da vida. Deus toma iniciativa de se encarnar, assumir nossa humanidade e assumir nossa humanidade significa assumir nossas fragilidades. Ele nos assume e nos fortalece. O Natal é tempo de renovar a esperança, porque somos assumidos por aquele que nos salva. Ele nos assumiu por completo, exceto no pecado. E veio para nos socorrer e para nos salvar. Portanto, o Natal é um tempo bonito, onde contemplamos o nascimento do filho de Deus e contemplamos também o nascimento de nossas crianças, reiteramos nossa defesa da vida, o bem precioso que Deus nos deu”.
Ivanete Mendonça, pastora
Já a pastora Ivanete Mendonça, do Ministério Filadélfia Iranduba, falou de esperança. Segundo ela, muitas famílias estão desestruturadas pelas perdas para a Covid-19 e para a violência que assola o estado. No entanto, é preciso não desanimar frente as dificuldades.
“Nós já estamos há dois anos de muita luta, de muitas perdas, tanto pela Covid-19, como pela violência. Muitas famílias foram desestruturadas e não podemos mais perder a esperança, devemos continuar esperançando. Eu venho falando muito que é preciso amor e paz. A esperança está nisso, no amor. Jesus nos disse que o seu mandamento é o amor e depois ele nos fala também que nos deixa a paz. E é isso que nós devemos resgatar, devemos buscar. Quem tem, deve manter. Quem não tem, deve buscar. E quem já teve, resgatar. Precisamos disso”.
Martim Souza, espírita
Para o representante da Fundação Allan Kardec, Martim Souza, o Natal, apesar de ser um tempo de saudosismo e de lembrança daqueles que partiram, principalmente vítimas da Covid-19, deve também ser um momento de renovação da confiança nos propósitos divinos.
“A mensagem do renascimento de Jesus é uma mensagem para recomeçar. Muitas famílias vão estar enlutadas, vão estar saudosas, mas os planos de Deus para nós estão além do nosso entendimento, da nossa compreensão. E é importante alimentarmos essa esperança e essa confiança nos propósitos divinos. Embora estejamos saudosos por tantos que partiram, por tantos lugares que estarão vagos na mesa na noite de natal, precisamos renovar nossa confiança de que esses corações que partiram permanecerão sempre vivos em nós, e a nossa permanência aqui significa que temos muito o que fazer”.
FONTE: Por G1 AM