A Refinaria Isaac Sabbá (Remam), em Manaus, foi vendida por 70% do seu valor. O dado é do Instituto de Estudo Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). O G1 entrou em contato com a Petrobras questionando o valor da venda e aguarda resposta.
A estatal assinou no dia 25, o contrato de venda da Refinaria, e seus ativos logísticos associados, pelo valor de US$ 189,5 milhões, o que equivale a R$ 994,15 milhões. A venda foi para o grupo Atem.
Após a venda, a Petrobras disse que o processo de desinvestimento da Refinaria Issac Sabbá, foi aprovado pelo Conselho de Administração na quarta e seguiu rigorosamente a Sistemática de Desinvestimentos aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
No entanto, segundo o Ineep, a refinaria está avaliada com um valor mínimo, pelo câmbio mais elevado deste ano, em US$ 279 milhões.
Quatro pesquisadores do Ineep, Eduardo Costa Pinto, Henrique Jager, Rafael da Costa e Rodrigo Leão assinaram um estudo que criticou a venda pelo preço abaixo do esperado.
“Os dados revelam que a Reman tem um potencial importante de geração de caixa futura, o que, pelas premissas que achamos adequadas, pode estar sendo subvalorizada nesse momento de venda”, disseram os pesquisadores.
Para realizar o valor da Reman, o Ineep utilizou o método do Fluxo de Caixa Descontado (FCD), que se baseia no valor presente dos fluxos de caixa, projetando-os para futuro. Do resultado, são descontadas: taxa que reflete o risco do negócio, despesas de capital (investimento em capital fixo) e necessidade adicionais de giro.
Os pesquisadores também explicaram que esse fluxo de caixa é calculado tanto para a empresa como para o acionista. Trata-se de um modelo de cálculo que apresenta o maior rigor técnico e conceitual, sendo, por isso, o mais indicado e adotado na avaliação de empresas.
FONTE: Por G1 AM