Samir Freire foi preso na operação Garimpo Urbano, que investiga o envolvimento de agentes de segurança no desvio de cargas de ouro. Outros alvos da operação também tiveram prisão prorrogada.
A Justiça do Amazonas prorrogou, por mais 30 dias, a prisão do chefe do setor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Samir Freire, e demais presos na Operação Garimpo Urbano, realizada no dia 9 de julho. O pedido de prorrogação foi feito pelo Ministério Público do Amazonas.
A operação investiga o envolvimento de agentes de segurança no desvio de cargas de ouro, obtidas durante abordagem aos transportadores.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, a medida é necessária para preservar o processo de investigação que está em andamento, principalmente diante de fatos como a possível interferência dos presos no depoimento de testemunhas.
Por meio de nota, o Ministério Público afirma que há “legítima preocupação de que, soltos, possam os envolvidos prejudicar a apuração dos fatos”.
Entenda o caso
No dia 9 de julho, a operação conjunta do Ministério Público e Polícia Federal prendeu o chefe da inteligência da SSP-AM, Samir Freire, e policiais civis. Além de quatro mandados de prisão, a equipe da operação realizou dez mandados de busca e apreensão na capital amazonense.
Segundo a investigação, Samir Freire e o grupo de policiais pediam dinheiro para liberar transportadores de cargas de ouro e ameaçavam empresários com flagrantes forjados. Pelo menos 60 quilos de ouro foram desviados.
No dia 14 de julho, a defesa de Samir Freire havia conseguido um Habeas Corpus no Tribunal de Justiça, reduzindo de 30 para 5 dias a prisão temporária dele, porém, o Ministério Público recorreu da liminar e o prazo inicial de 30 dias prevaleceu.
FONTE: G1 AM