Números são do vacinômetro da Fundação de Vigilância em Saúde e levam em consideração o número de pessoas que completou o esquema vacinal com as duas doses do imunizante.
Um total de 25 municípios amazonenses estão com a cobertura vacinal completa contra a Covid-19 abaixo dos 20%. Os números são do vacinômetro da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) e levam em consideração a quantidade de pessoas que já tomaram a segunda dose da vacina contra o coronavírus ou a dose única da Jansen.
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Segundo o vacinômetro, até o domingo (25), os municípios com a menor quantidade de vacinados com as duas doses são: Humaitá, Boca do Acre, Urucurituba, Presidente Figueiredo, Anamã, Manaquiri, Beruri, São Sebastião do Uatumã, Maraã, Pauini, Carauari, Rio Preto da Eva, Manacapuru, Apuí, Coari, Nova Olinda do Norte, Guajará, Novo Aripuanã, Envira, Itamarati, Codajás, Novo Airão, Juruá, Anori e Ipixuna.
As situações mais críticas são encontradas em Anori e Ipixuna. A primeira cidade, que fica localizada na região do Médio Solimões, tem apenas 8% da população vacinável – ou seja, dos grupos prioritários preconizados pelo Ministério da Saúde e dos grupos de faixa etária – com o esquema de imunização completo. Foram apenas 1.051 segundas doses aplicadas.
Já em Ipixuna, que fica no Alto Juruá, somente 7,1% da população vacinável está com a imunização completa. Lá, 1.190 pessoas receberam a segunda dose da vacina contra o coronavírus e apenas seis conseguiram a dose única da Jansen.
O G1 questionou as prefeituras das cidades sobre os índices da aplicação da segunda dose no local, e aguarda resposta.
Segundo o infectologista Nelson Barbosa, o número é preocupante já que o vírus continua em circulação no estado. Para ele, é necessário que as prefeituras intensifiquem a campanha de aplicação da segunda dose para evitar um possível aumento de casos no interior.
“É um número preocupante porque o vírus continua circulando na população. É claro que a vacina não é o único meio de evitar a contaminação, existem as medidas não farmacológicas, como o uso da máscara, o distanciamento social, álcool em gel, mas a vacina é o aliado indispensável. Portanto, os gestores de saúde devem priorizar a aplicação da segunda dose para que não tenhamos um aumento de casos no interior novamente”, explicou.
O G1 também entrou em contato com a Fundação de Vigilância em Saúde para saber se o órgão acompanha a situação e estuda medidas para ampliar a cobertura vacinal nas 25 cidades. Apesar da responsabilidade ser das prefeituras, a Fundação vêm atuando no processo de imunização no Amazonas e na distribuição de doses.
FONTE: G1 AM