Início Política CPI ouve ex-coordenadora do PNI recém-exonerada do cargo, Francieli Fantinato

CPI ouve ex-coordenadora do PNI recém-exonerada do cargo, Francieli Fantinato

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rancieli Fontana Sutile Tardetti Fantinato durante audiência pública sobre o Programa Nacional de Imunização (PNI) Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Ex-servidora da Saúde é apontada como a responsável pela nota técnica que recomendando a estados a intercambialidade de vacinas

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia ouve, a partir das 9h desta quinta-feira (8), Francieli Fantinato, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.

O senador Otto Alencar (PSD-BA), que protocolou o requerimento de convocação de Fantinato, alega que a ex-coordenadora editou uma nota técnica aos estados recomendando a vacinação, com qualquer vacina disponível, de gestantes que receberam a primeira dose da AstraZeneca. A nota foi feita sem nenhuma comprovação de segurança ou eficiência da prática em mulheres grávidas. 

Conhecido como intercambialidade, o processo de troca de fabricantes de vacinas entre a primeira e a segunda dose vem sendo estudado por alguns países. 

O assunto em questão deu margem à discussão entre Otto Alencar e o ministro da Saúde, em 8 de junho, quando Marcelo Queiroga prestou depoimento à CPI.

Na ocasião, o senador afirmou que o fato era muito grave e que as pessoas “não podem ser usadas como cobaias”. O parlamentar ressaltou, ainda, que consta na bula do imunizante da Pfizer que a vacina não deve ser aplicada em gestantes. 

A ex-coordenadora do PNI teve sua exoneração publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (7). De acordo com o ministro Marcelo Queiroga, foi Fantinato que pediu para deixar o cargo.

Quebra de sigilos

A ex-servidora teve a quebra dos sigilos telefônico e telemático — apresentados pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) — aprovados na sessão do dia 10 de junho.

Fantinato recorreu da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o ministro da Corte Alexandre de Moraes negou o pedido.

Ao apresentar o requerimento de quebra de sigilo, Vieira avaliou que o ritmo de vacinação no Brasil estava lento e, dentro de um cenário desfavorável, seria preciso identificar de que forma os gestores públicos responsáveis estavam atuando.

“O que se pretende avaliar é a atuação da equipe técnica do ministério diante do avanço da pandemia, aumento de casos e baixa vacinação. Além disso, diante da possível existência de um grupo paralelo ao Ministério da Saúde que realizou aconselhamento ao presidente da República”, informou o senador em seu requerimento.

FONTE: Renato Barcellos, da CNN, em São Paulo com informações da Agência Senado

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