Início Manaus Nível do Rio Negro permanece estável em 30 metros em Manaus

Nível do Rio Negro permanece estável em 30 metros em Manaus

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Moradores de Manaus enfrentam ruas alagadas e lixo acumulado na região central da cidade de Manaus (AM) — Foto: NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO

Manaus registra a maior cheia de sua história desde o início dos registros, em 1902.

Estável há sete dias, o nível do Rio Negro se manteve em 30 metros em Manaus, nesta sexta-feira (11). Desde o dia 5 de junho, o nível da água está estagnado. A marca dos 30 metros em Manaus é a maior da história desde o início dos registros, em 1902.

De acordo com o boletim da Defesa Civil, em todo o Amazonas, mais de 455 mil pessoas foram atingidas pela cheia.

Prejuízos na capital

Em Manaus, pelo menos 15 bairros foram atingidos, de acordo com a DefesaEm diversos pontos, a circulação de pessoas ocorre somente por meio de passarelas. O centro histórico registra vários pontos de alagamento. A Praça do Relógio e o prédio da Alfândega estão entre os locais mais atingidos.

água do rio Negro também invadiu o local onde funcionava a mais tradicional feira da capital, a Manaus Moderna. Como isso, os feirantes foram transferidos para uma balsa. Comerciantes relatam prejuízos. Lojistas tiveram os estabelecimentos alagados, mesmo com as contenções para impedir a entrada da água.

A previsão do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) era que o rio chegasse à cota máxima de 30 metros A expectativa é que, agora, o nível do rio comece abaixar. De acordo com o órgão, abaixo dos 27 metros o nível do rio é considerado patamar normal para a cheia.

Maiores cheias do Rio Negro
  • 2021 – 30 m
  • 2012 – 29,97 m
  • 2009 – 29,77 m
  • 1953 – 29,69 m
  • 2015 – 29,66 m
  • 1976 – 29,61 m
  • 2014 – 29,50 m
  • 1989 – 29,42 m
  • 2019 – 29,42 m
  • 1922 – 29,35 m
  • 2013 – 29,33 m
Moradores de Manaus enfrentam ruas alagadas e lixo acumulado na região central da cidade de Manaus (AM) — Foto: NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO
Moradores de Manaus enfrentam ruas alagadas e lixo acumulado na região central da cidade de Manaus (AM) — Foto: NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO

Cidades em situação crítica

Em praticamente todo o Amazonas, a cheia causa inundações. De acordo com dados da Defesa Civil, mais de 400 mil pessoas estão afetadas. Das 62 cidades, 48 estão em situação de emergência.

Em Parintins, por exemplo, o Rio Amazonas já registra a maior cheia da história. Ruas principais da cidade registram pontos de alagamento. Nas comunidades rurais, produtores contabilizam perdas de safras inteiras por conta da inundação das produções.

Em Itacoatiara, vários bairros da cidade estão com as ruas inundadas desde o mês de março. Por conta disso, comerciantes relatam aluguéis atrasados e mercadorias estragam em contato com a água.

Em Manacapuru, na Região Metropolitana, a cheia também é considerada histórica. O Rios Solimões atingiu a marca de 20,82 metros, superando em quatro centímetros o recorde de 2015.

Já em Anamã, a situação é ainda mais crítica. O município, a 165 quilômetros de Manaus, recebeu uma balsa hospital para atender a população depois que a subida do rio Solimões alagou o Hospital Francisco Salles de Moura e os atendimentos foram suspensos. São 9.570 pessoas afetadas.

FONTE: G1 AM

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