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Com ataques, trabalhadores relatam medo e dificuldade de chegar ao Centro de Manaus

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Centro de Manaus pouco movimentado após madrugada de ataques — Foto: Matheus Castro/G1

Ônibus do transporte coletivo não circularam. Aulas nas redes pública e particular foram suspensas.

Trabalhadores do Centro de Manaus relataram medo e dificuldades em chegar no trabalho nesta segunda-feira (7), por conta da onda de violência que assola a capital do Amazonas. As ações dos criminosos começaram após a morte de um traficante por policiais militares.

Ônibus do transporte coletivo ficaram sem circular, e as aulas nas escolas públicas e privadas foram suspensas. Nesta madrugada, uma UBS, uma delegacia, caixa eletrônico e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) foram atacados.

G1 esteve no comércio da área central da cidade e constatou que muitas lojas permaneceram fechadas pela manhã. Outras, apesar de abertas, registraram pouca movimentação.

Balconista Jaqueline Souza teve de usar transporte clandestino para chegar ao trabalho em Manaus — Foto: Matheus Castro/G1
Balconista Jaqueline Souza teve de usar transporte clandestino para chegar ao trabalho em Manaus — Foto: Matheus Castro/G1

Sem transporte coletivo, a balconista Jaqueline Souza, que trabalha em uma confeitaria na Rua Henrique Martins, disse que teve que ir ao trabalho em um carro clandestino que fez lotação.

“A gente fica preocupado, né? Não sabe o que vai acontecer, mas precisa trabalhar. Como eu moro perto, vim de lotação. Mas creio que hoje o dia será fraco”, relatou.

O vendedor Emanuel Cavalcante também estava apreensivo. “Vim por transporte particular, carro de aplicativo, mas preocupado. Porque a gente não sabe se pode ter um ataque aqui no Centro, né?!”, desabafou.

É o segundo dia consecutivo que o transporte não funciona na capital, devido à onda de violência vivida na cidade desde a madrugada de domingo (6). Ainda no domingo, mais de 15 veículos entre os do transporte público e privado de passageiros foram queimados na cidade, levando à suspensão do serviço.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou que não tem previsão de normalização.

Vendedor Emanuel Cavalcante teve de ir ao trabalho com carro de aplicativo e teme ataques no Centro — Foto: Matheus Castro/G1
Vendedor Emanuel Cavalcante teve de ir ao trabalho com carro de aplicativo e teme ataques no Centro — Foto: Matheus Castro/G1

Aulas suspensas

As aulas nas escolas da rede pública foram suspensas e serão realizadas apenas na modalidade remota. Nas escolas particulares, também não haverá atividades presenciais.

O governo do Amazonas informou, em nota, que órgãos da administração estadual vão funcionar por trabalho remoto. No entanto, segundo o texto, os serviços essenciais das áreas de saúde e segurança não sofrerão qualquer descontinuidade nos atendimentos.

Força nacional

Após mais uma noite violência em Manaus, o governador Wilson Lima disse que pediu o envio de tropas da Força Nacional para reforçar a segurança no Amazonas.

FONTE: Matheus Castro, G1 AM

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