Wilson Lima e Carlos Almeida são acusados de cometer crimes na compra de respiradores destinados ao tratamento dos pacientes com a Covid-19
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou, nesta quarta-feira (2), o julgamento sobre o recebimento de uma denúncia criminal contra o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e o vice-governador do estado, Carlos Almeida (PSDB). Os dois são acusados de cometer crimes na compra de respiradores destinados ao tratamento dos pacientes com a Covid-19.
O processo foi retirado de pauta a partir de um pedido da defesa, que alegou não ter tido prazo hábil para apresentar todas as suas alegações, incluindo a abertura de prazo para manifestação do Ministério Público.
“Sugeri o adiamento desta sessão. Acato a proposta de tirar processo de pauta. Vou dar prazo ao MP e aos advogados e assim que ele estiver pronto, peço à vossa excelência para pautar”, disse o ministro Francisco Falcão. O ministro Humberto Martins disse que, no “momento oportuno”, o processo será levado a julgamento.
A denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) inclui outras 16 pessoas, entre empresários e servidores públicos. De acordo com a PGR, a investigação começou ainda em 2020, depois que 28 respiradores foram comprados em uma loja de vinhos.
Para a PGR, o governador Wilson Lima atuou como chefe dessa suposta organização criminosa. Pesam contra ele acusações de dispensa indevida de licitação, fraude à licitação e peculato. O governador nega irregularidades.
Também nesta quarta, o governador foi um dos alvos de operação da Polícia Federal contra a alta cúpula do Executivo estadual por desvios na Saúde. São cumpridos 25 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os policiais estiveram na casa do governador Lima.
São 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária cumpridos nas cidades de Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), além de sequestro de bens e valores, que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24.
FONTE: Leonardo Lellis, da CNN, em São Paulo com informações de Gabrielle Varela, Teo Cury e Gregory Prudenciano, da CNN, em Brasília e São Paulo