Biblioteca inaugura mostra gratuita com raro material do autor
A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM), da Universidade de São Paulo, (USP) abre ao público, hoje (22), em formato digital, a exposição Uma menina centenária – 100 anos de Narizinho Arrebitado, que marca o centenário da publicação do livro infantil A menina do narizinho arrebitado. No último domingo, foi comemorado o aniversário de Monteiro Lobato, nascido em 18 de abril de 1882.
A mostra tem curadoria das professoras e pesquisadoras Gabriela Pellegrino Soares (USP) e Patrícia Tavares Raffaini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e do designer Magno Silveira. A abertura será nesta quinta-feira (22), às 14h, com uma mesa-redonda que reúne os curadores e a convidada Cilza Bignotto, escritora e professora de Literatura Brasileira e Teoria Literária na Universidade Federal de Ouro Preto. A mesa de abertura pode ser acessada pelo site da BBM, e a exposição pode ser vista no site.
A mostra apresenta, em imagens e textos, a trajetória do escritor, o nascimento da personagem Narizinho e outras informações e curiosidades.
O site é rico em fotos, cartas de crianças leitoras, ilustrações do cartunista Voltolino e imagens de livros que compõem a história pessoal e profissional de Monteiro Lobato. Uma seção específica é dedicada a discutir a respeito das acusações de racismo que o autor sofreu em tempos recentes.
A curadora Patricia Tavares Raffaini destaca a oportunidade de o visitante ter acesso a materiais muitas vezes desconhecidos e exemplifica: “Na exposição o público poderá verificar na íntegra, não só a primeira edição da obra, muito diferente das versões posteriores, como também o manuscrito que deu origem às aventuras de Narizinho e Pedrinho”.
Já a pesquisadora Gabriela Pellegrino Soares afirma que “a exposição recupera a história do livro A menina do narizinho arrebitado pelo prisma da biografia de Monteiro Lobato e do ambiente literário, artístico, educacional e político que envolveu as primeiras edições da obra, desde o seu lançamento em 1920.”
FONTE: Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil – São Paulo/Edição: Kleber Sampaio