Uma grande erosão foi formada no lugar onde antes existiam ruas, casas, escolas e igrejas de uma pequena vila chamada Arumã, no interior do Amazonas. O lugar ficou destruído após um barranco desabar e deixar um morto, feridos e desaparecidos.
A comunidade rural pertence ao município de Beruri, que fica a 173 quilômetros de Manaus, e “sumiu do mapa” após ser afetada por um deslizamento de barranco causado pelo fenômeno de “terras caídas”, que acontece principalmente no período de seca dos rios no estado.
As “terras caídas” acontecem quando a água atua sobre as margens dos rios, causando erosão e abrindo extensas “cavernas subterrâneas”, até que uma ruptura provoque a queda do terreno, que é tragado pelas águas.
De acordo com os Bombeiros, o desastre natural atingiu mais de 40 casas e afetou cerca de 200 pessoas. Até o momento, há confirmação da morte de uma criança e quatro desaparecidos, sendo três soterrados e uma pessoa no rio. Além de pessoas que ficaram feridas.
A Defesa Civil do Estado não deu mais atualização da ocorrência até a publicação desta matéria.
Antes do cenário de devastação, a vila, assim como muitas cidades e comunidades ribeirinhas do interior do estado, tinha um pequeno porto e uma orla cercada com construções coloridas. Agora tudo se resume em um grande buraco com lama.
Veja abaixo fotos de como era a vila Arumã antes da tragédia.
O caso
O fato aconteceu no sábado (30). Conforme relatos de moradores, todos viviam a rotina tranquila de um fim de tarde, até que o deslizamento de terra iniciou e muitos sentiram um forte tremor. Quem conseguiu se proteger correu em direção à floresta.
“As pessoas se abrigaram na mata e, pela parte da manhã de hoje [domingo], já foram resgatadas, com ferimentos leves, que estão sendo atendidas”, explicou o subtenente Emerson Silva, responsável pela 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros de Manacapuru, cidade da região metropolitana da capital.
Uma base dos Bombeiros foi montada na Comunidade São Lázaro, que fica ao lado do local atingido, para coordenar os atendimentos e resgate.
Ajuda humanitária
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), enviou 150 cestas básicas, neste domingo, em apoio às famílias desabrigadas, que estão alojados em um centro comunitário, montado na comunidade vizinha.
Por meio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), a Sema fez a entrega das cestas básicas, 100 garrafões de água de 20 litros e 180 frangos, além de 150 kits de higiene pessoal, para apoio às pessoas em situação de risco.
Além da Sema, uma segunda equipe com homens do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Instituto Médico Legal (IML), além de servidores Secretaria Estadual de Assistência Social (Seas), Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Secretaria de Estado de Saúde (SES) e Fundação de Vigilância Saúde (FVS), está à caminho do município para prestar a assistência.
FONTE: Por G1 AM