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Empresas privadas adotam 8 parques na Amazônia para proteção ambiental

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ARIE de Javari-Buriti — Foto: Divulgação/ICMBio

Entre as unidades de conservação federais adotadas, há duas do Amazonas, uma de Rondônia e uma do Acre. O governo federal ainda lista outras 124 reservas para adoção.

Empresas privadas estrangeiras e nacionais já adotaram oito unidades de conservação na Amazônia (veja lista abaixo). As adesões ocorreram no âmbito do programa Adote um Parque, lançado pelo governo federal em fevereiro, com o objetivo de atrair recursos para a proteção ambiental dessas áreas.

Outros 124 parques previstos na iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA) encontram-se disponíveis para adoção nos nove estados amazônicos.

O dinheiro investido pelas empresas é destinado a serviços como prevenção e combate a incêndios florestais e desmatamento ilegal, monitoramento, proteção, além de trabalho de recuperação das áreas degradadas.

As unidades já adotadas, as empresas e os valores investidos são:

  1. ARIE de Javari-Buriti (AM), adotada pela Coca-Cola Brasil por R$ 658 mil;
  2. Resex da Marinha Cuinarana (PA), adotada pela MRV Engenharia por R$ 550 mil;
  3. Resex do Quilombo Flexal (MA), adotada pelo Grupo Heineken por R$ 466 mil;
  4. ARIE de Seringal Nova Esperança (AC), adotada pela Cooperativa Agroindustrial (Coplana) por R$ 128 mil;
  5. Resex do Chocoaré-Mato Grosso (PA), adotada pela Geoflorestas por R$ 139 mil;
  6. Resex do São João da Ponta (PA), adotada pela Coopecredi Guariba por R$ 170 mil;
  7. ARIE de Dinâmica Biológica Fragmento Florestal (AM), adotada pela Genial Investimentos por R$ 159 mil; e
  8. Resex do Lago do Cuniã (RO), adotada pelo Grupo Carrefour por R$ 3,8 milhões.

Os oito parques já adotados correspondem a mais de 120 mil hectares de floresta. Todas as 132 unidades listadas no programa representam cerca de 15% do bioma amazônico e, juntas, somam pouco mais de 64 milhões de hectares, conforme o governo federal.

Mesmo com as adoções, a gestão das unidades continua sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Isso significa que as empresas são doadoras e não têm direito de exploração.

“Achava que era importante darmos essa contribuição para a sociedade. Acho que as empresas hoje em dia no Brasil e no mundo, para que elas sejam modernas e atraentes tanto para os seus consumidores como para atrair funcionários qualificados, precisam respeitar esses princípios de maneira verdadeira”, disse Rodolfo Riechert, presidente da Genial Investimentos. A empresa aderiu ao programa ao adotar uma unidade de conservação no Amazonas.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a adoção é de R$ 50 ou € 10 (dez euros) por hectare de terra por um ano, podendo ser renovada após esse período. O Adote um Parque tem potencial para canalizar R$ 3,2 bilhões anuais, segundo a pasta.

“A gente queria fazer uma experiência de um contrato de um ano. Queremos realmente cuidar, colocar adequadamente os corpos de bombeiros suficientes para evitar queimadas. Tem questões simplesmente de replantio. É uma experiência nova. No caso das populações locais, dentro da reserva, entendemos que podemos ajudar essas populações a preservar a floresta com renda sustentável. Para nós, o mais importante é a preservação do meio ambiente”, declarou o vice-presidente de relações institucionais do Carrefour Brasil, Stéphane Engelhard.

O decreto do programa prevê ainda que o território mínimo para adesão seja de uma unidade, o que permite a adoção de mais de uma reserva. Além das empresas nacionais e estrangeiras, os parques podem ser adotados por “um grupo de pessoas, físicas ou jurídicas”.

Para que a adoção seja concretizada, os futuros doadores precisam apresentar um plano de trabalho na área, um cronograma e relatórios trimestrais detalhando os serviços realizados na unidade. O período do acordo é estipulado com a empresa junto ao MMA.

FONTE:  Mayara Subtil, Rede Amazônica, colaborou Lucas Farias, Rede Amazônica.

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